Reprodução/Catve
A rebelião teve início no momento em que um agente penitenciário que servia o café da manhã foi rendido pelos presos, que fizeram refém mais um agente penitenciário e colegas de detenção. Os presos rebelados subiram para o telhado da unidade, onde exibiram os reféns e faixas com a inscrição PCC, em referência à organização criminosa Primeiro Comando da Capital. Eles reclamam de falta de estrutura, má qualidade da alimentação e restrições quanto às visitas. Segundo o Depen, não há superlotação na unidade, que teria 1044 presos ocupando 1182 vagas.
Segundo o Sindicato dos Agentes Penitenciários (Sindaspen), até às 17h de hoje, os agentes Emerson Rodrigo e Anderson Panato seguiam como reféns dos presos rebelados. O diretor do Depen, Cezinando Vieira Paredes está na unidade desde às 13h30, comandando as negociações. Segundo ele, 60% do presídio está tomado e vários pavilhões foram destruídos, o que obrigará, após o fim do motim, a transferência de centenas de presos para outras unidades do Estado. O Batalhão de Operações Especiais (Bope) também está no local desde às 13h30, aguardando ordem para entrar no presídio, caso necessário. Por volta das 16h, a secretária de Justiça e Cidadania, Maria Tereza Uille Gomes também chegou ao local.
O presidente do Sindaspen, Antony Johnson, disse que a rebelião era uma tragédia anunciada. "Devido a falta de investimento no Sistema Penitenciário, não há profissionais tanto operacionais, como técnicos. Não há manutenção nas unidades. A rebelião já era ameaçada há semanas", disse. "Sem o investimento necessário, o Sistema sempre estará refém de crises como essa. O preso reclama que a comida esta ruim, que não há advogados para que seu processo ande, não há o mínimo de material de higiene, o efetivo de Agentes Penitenciários baixíssimo, todos esses fatores juntos, uma tragédia é mais que anunciada", acrescentou.
De acordo com o Depen, até às 18h15, 77 presos já haviam sido transferidos para a Penitenciária Industrial de Cascavel. Segundo a Secretaria de Justiça, eram presos com bom comportamento, que não haviam aderido ao motim e estavam sendo pressionados e ameaçados pelos detentos rebelados para que também participassem da rebelião
Bonde
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