LANÇAMENTOS DE CARROS


Honda Civic Si
Longe das ruas nacionais desde 2011, esportivo volta na forma de cupê

Fãs do Civic, a espera acabou. O novo Civic Si está entre nós. A estreia do modelo irá ocorrer durante o Salão do Automóvel, em São Paulo, e após a exibição o modelo estará à venda nas concessionárias. A Honda decidiu romper com a discrição do modelo descontinuado em 2011, e trouxe uma verdadeira "nave", conforme a gíria de Facebook. Em vez do sedã, agora teremos o cupê, só com duas portas - ainda que o três-volumes esteja disponível nos Estados Unidos. Também não teremos produção local: o carro chega por aqui importado do Canadá. O preço não foi definido, mas deve ficar em torno de R$ 110000, valor suficiente para equipara-lo ao Volkswagen Golf - seu principal rival.

O motor é um 2.4 i-VTEC, conectado a uma transmissão manual de seis marchas (mesma opção do Civic vendido entre 2007 e 2011). A potência aumentou de 192 cv para 206 cavalos a 7000 rpm. A ousadia do exterior vem acompanhada de algums exageros estéticos, como a adoção de rodas 225/40 R18. Na traseira, um gigante aerofólio de série - o maior que o Civic já recebeu em toda a sua história.

Aliás, não haverá equipamentos opcionais, somente acessórios vendidos nas lojas. Completo de série, o comprador só escolherá entre as quatro cores disponíveis (laranja, vermelho, preto e branco).

Ao acelerar forte, um indicador no topo do painel sinaliza a atuação do controle variável de válvulas (i-VTEC). Quatro luzes vermelhas se acendem conforme o giro aumenta. Quando a rotação se aproxima do limite, um shift-light avisa ao motorista-piloto o momento de trocar a marcha. O som do motor se torna evidente na cabine, pois a marca caprichou no tratamento acústico. Do lado externo, é possível notar também o abafador traseiro destacado na parte inferior.

Na pista, o Civic Si foi de 0 a 100 km/h em 8,2 s. Não é um número ruim, mas o teste realizado com a geração anterior, em abril de 2007, registrou 7,9 segundos. Só para comparar, o Golf GTI completa a mesma prova em apenas 6,7 s. Além do turbo (o Civic é aspirado), o Volks também conta com a transmissão automatizada DSG.

Outra justificativa para o aumento no tempo é o peso: o novo Civic pesa 1359 quilos, 37 a mais que o anterior. Mas o peso extra compensa em forma de comodidade. Há câmera de ré, teto solar elétrico, piloto automático, seis airbags, sistema de som multimídia com uma tela sensível ao toque de 7 polegadas. Com esse tamanho, esse display se assemelha a um tablet.

Os engates de marcha são curtos e precisos, uma das principais qualidades do Civic. Os bancos de tecido são cobertos em dois tons, preto e vermelho, com costuras também vermelhas. No entanto, o formato concha da geração passada dava mais apoio ao corpo nas curvas.

A medição de consumo trouxe resultados medianos. Fizemos 8,9 km/l na cidade e 13,1 km/l na estrada, em quinta marcha. Utilizando a sexta, a média rodoviária aumentou para 14,3 km/l.

Mitsubishi Outlander PHEV
Primeiro híbrido plug-in vendido no Brasil, o crossover pode ser recarregado na tomada ou pelo próprio motor a combustão

O primeiro veículo híbrido do tipo plug-in vendido no Brasil já está nas ruas. O Outlander PHEV, primeiro utilitário esportivo híbrido 4x4 oferecido no país, traz um motor de 2-litros a combustão e outros dois elétricos síncronos (um para cada eixo), ele pode rodar mais de 52 quilômetros apenas com eletricidade. O Outlander recupera parte da energia cinética sempre que o motorista tira o pé do acelerador ou pisa no freio, armazenando-a em baterias. Se a carga estiver baixa ou se o condutor preferir, o motor a gasolina pode atuar como um gerador, alimentando os motores elétricos. A partir de 120 km/h ele entra em ação para tracionar o veículo, na única situação em que o carro queima gasolina para andar.

As baterias podem ser recarregadas por meio de uma tomada comum ou pelo próprio motor a combustão. No segundo caso, é possível ativar a função Charge (inclusive com o carro em movimento), que carrega 80% da bateria em 40 minutos, consumindo três litros de gasolina do tanque de 45 litros.

Na maior parte do tempo a tração do carro é dianteira, sendo que é possível convocar o motor elétrico traseiro para atuar sobre o eixo dependendo das condições do piso. Por um botão é possível também acionar a tração 4x4. Como não tem transmissão, as borboletas atrás do volante servem para selecionar o modo de atuação do freio-motor ideal para cada tipo de descida.

O Outlander PHEV também é bem equipado, oferecendo itens como nove airbags, rodas de liga leve aro 18, piloto automático adaptativo (ACC), aviso de iminência de colisão com frenagem autônoma a até 30 km/h, controles de tração e estabilidade, aviso de mudança de faixa, alerta para pedestres, partida do motor e destravamento das portas sem chave, central multimídia com tela touchscreen de sete polegadas, GPS, abertura elétrica do porta-malas, câmera de ré, faróis de xenon e até a possibilidade de controlar diversas funções (como o acionamento do ar-condicionado e horário para iniciar e terminar a recarga das baterias) pelo smartphone ou tablet.

Honda City 
Maior e mais equipado, o City ganha requinte e se afasta do Fit

Desde 2009 a Honda oferece uma alternativa para quem não gosta (ou ainda não consegue bancar) do Civic. O City rapidamente cavou seu espaço apostando na relação custo/benefício, oferecendo mais espaço que um sedã médio a um custo menor. Esta virtude continua sendo o destaque do novo City, que não só acompanha as evoluções realizadas no Fit como traz mais equipamentos e um nível de requinte superior.

O City já era vendido apenas com motor 1.5, mas a antiga transmissão automática foi trocada por uma caixa do tipo CVT. Assim como no Fit, o conjunto de 1,5 litro incorpora tecnologias como o fim do tanquinho de partida a frio (tecnologia batizada pela Honda de FlexOne) e a adoção de novos componentes. Com etanol no tanque o sedã entrega 116 cv a 6.000 rpm e torque máximo de 15,3 mkgf a 4.800 rpm.

O design esportivo do Fit ganhou requinte no City. A grade tem uma barra cromada nas versões mais caras, e as lanternas agora invadem a tampa do porta-malas, sendo ligadas por uma régua cromada. Externamente, o City agora tem 4,45 metros de comprimento (aumento de 5,5 centímetros) e 1,69 metro de largura, com distância entre-eixos de 2,60 metros - os cinco centímetros a mais melhoraram o espaço para as pernas de quem viaja atrás. O volume para bagagens também melhorou, de 504 para 536 litros.

A vida a bordo ficou mais agradável no City. O painel é quase idêntico ao do Fit, mas tem mais equipamentos: nenhuma versão da minivan traz ar-condicionado digital com tela sensível ao toque. Assim como na geração anterior, a linha conta com quatro versões. A configuração de entrada DX só vem com câmbio manual e o essencial, sem rodas de liga leve, volante multifuncional, detalhes cromados e retrovisores com luzes de seta. Estes itens equipam o City somente a partir da versão LX, que incorpora chave com controle remoto e coluna de direção com ajuste de profundidade.

As versões EX e EXL são praticamente iguais olhando de fora, sendo que ambas contam com câmera de ré, piloto automático e paddle-shifts atrás do volante, sendo este último item inexistente no Fit. A versão mais cara do City ainda tem bancos revestidos em couro e airbags laterais. A Honda aposta que a versão LX responderá por 36% das vendas, seguida de muito perto pela EXL (35%). A EX fica com 25% da projeção feita pela empresa, com a opção de entrada DX respondendo pelos 4% restantes. Os preços da linha City 2015 começam em R$ 53.900 na versão DX e vão até R$ 69 mil na EXL.
Veja abaixo a tabela de preços do novo City:
City DX (manual): R$ 53.900
City LX (CVT): R$ 62.900
City EX (CVT): R$ 66.700
City EXL (CVT): R$ 69.000

Mercedes-Benz GLA
Importado no início, crossover será produzido em fábrica brasileira da marca.

No fim de 2013, a Mercedes-Benz anunciou a construção de uma fábrica no Brasil, mais precisamente na cidade de Iracemápolis, interior de São Paulo. De acordo com a própria montadora, dois modelos fizeram com que a nova planta se tornasse viável por aqui: o Classe C e nosso destaque da vez, o GLA.

O crossover de entrada foi lançado no ano passado, durante o Salão de Frankfurt, para rivalizar com alguns modelos das grandes rivais da Mercedes, entre eles o X1 da BMW. Com 4,41 metros de comprimento, 2,02m de largura e 1,49m de altura, seu perfil tem como alvo um público mais jovem do que aquele habitual cliente da Mercedes. Por isso, seu design é mais suave e moderno em relação aos demais SUVs da marca alemã.

Ao mesmo tempo em que prega uma condução mais divertida, com menor altura, suspensão traseira de braços múltiplos e direção elétrica, o GLA não se descuida da segurança. O utilitário traz sistemas como o Attention Assist, que identifica a fadiga do motorista e recomenda uma parada para descanso, controle eletrônico de estabilidade, função Hold nos freios (em situações de parada, como semáforos, o carro se mantém parado), assistente de partida em aclives, controle de tração, sete airbags, entre outros.

Em termos de conectividade, o GLA terá diferentes dispositivos para as três versões que chegam ao Brasil. A inicial Advance conta com o sistema Audio 20, com tela de 14,7 centímetros, entrada para CD e conexão Bluetooth. Já as superiores Vision e Vision Black Edition recebem o multimídia COMAND Online, operado por um seletor no console central, com tela de 17,8 centímetros, memória de 10 GB, acesso à Internet e sistema de navegação GPS integrado.

Sobre a motorização, todas as versões que chegam inicialmente ao Brasil - importadas, vale ressaltar; a produção do GLA brasileiro deverá começar apenas em 2016 - serão equipadas com bloco 1.6 turbo a gasolina, oferecendo 156 cavalos de potência e 25,49 kgfm de torque. Atrelado a uma transmissão de sete marchas e dupla embreagem, o GLA acelera de 0 a 100 km/h em 8,8 segundos, alcançando a velocidade máxima de 215 km/h (limitada eletronicamente).

Vale destacar outras duas informações: ainda em 2014 (provavelmente no último bimestre), a Mercedes-Benz deverá complementar a lista de versões do GLA no Brasil. Além da 200, serão trazidas a 250 e a 45 AMG. Além disso, o utilitário se torna o segundo modelo da Mercedes (depois do Classe C) a ter os preços de suas revisões pré-definidos: R$ 600 (10 mil km ou um ano), R$ 1.250 (20 mil km ou dois anos) e R$ 600 (30 mil km ou três anos).

Saiba mais sobre as versões do Mercedes-Benz GLA que chegam ao Brasil:

GLA 200 Advance (R$ 132,9 mil) - ar-condicionado digital, assistente ativo de estacionamento, piloto automático TEMPOMAT, limitador de velocidade Speedtronic, volante multifuncional em couro, borboletas para troca de marchas, faróis de bi-xenônio, sistema ECO start/stop, sensor de chuva, sistema Audio 20 e rodas de liga-leve de 18 polegadas. Deve responder por 43% das vendas.

GLA 200 Vision (R$ 149,9 mil) 
- todos os itens da Advance, mais: teto solar panorâmico, design diferenciado das rodas de 18 polegadas, banco do motorista com ajustes elétricos e memória, incluindo na lombar e sistema COMAND Online. Deve responder por 50% das vendas.

GLA 200 Vision Black Edition (R$ 152,9 mil) 
- todos os itens da Vision, mais: rodas e espelhos retrovisores na cor preta e pedaleira em alumínio com cravos de borracha. Deve responder por 7% das vendas.

Fiat Novo Uno 2015
Hatch se torna pioneiro nacional do sistema Start&Stop e parte de R$ 30.990


Se você olhar para o exterior do Novo Uno 2015, talvez tenha dificuldade em perceber as mudanças cosméticas feitas pela Fiat no hatch. Elas existem, sim. Faróis e lanternas, bem como para-choques, para-lamas e grades, passaram por sutis reestilizações. Mas as grandes novidades do modelo podem ser percebidas ao adentrar na cabine.

A Fiat destaca o fato de o Novo Uno 2015 ser o primeiro carro produzido no Brasil a contar com o sistema Start&Stop (item de série na nova versão Evolution), muito comum em modelos importados e de segmentos superiores. Voltado para a redução no consumo de combustível, ele desliga o motor do veículo quando estiver em ponto morto, bastando um toque na embreagem para retomar o funcionamento.

Outra inovação implantada no hatch é câmbio automatizado Dualogic Plus, disponível nas versões 1.4 Way e Sporting. Em vez da tradicional manopla, os comandos passam a ser executados por meio de botões inseridos no console central, incluindo a escolha de modo manual ou automático e o acionamento da função Sport. Para trocas manuais, borboletas estão instaladas atrás do volante.

Um novo sistema multimídia, com tela de 3,5 polegadas, também confere ar mais tecnológico à cabine. Em versões mais avançadas, como aquelas equipadas com motor 1.4, a central oferece diversas informações de condução (distância percorrida, consumo médio, autonomia), temperatura do motor e externa, indicador de lâmpadas queimadas, dados sobre o áudio, entre outras. Já o rádio conta com entradas AUX e USB.

Em relação à motorização do Novo Uno 2015, não há qualquer modificação na comparação com o modelo anterior. Seguem disponíveis os blocos 1.0 flex, oferecendo 75/73 cavalos de potência (abastecidos com etanol/gasolina) e 9,9/9,5 kgfm de torque, e 1.4 flex, entregando 88/85 cv e 12,5/12,4 kgfm.

No total, são sete versões disponíveis. Veja abaixo os itens:

Attractive 1.0 (R$ 30.990) - direção hidráulica, airbag duplo, ABS, Lane Change, limpador e desembaçador do vidro traseiro, econômetro, ESS (sinalização de frenagem de emergência), Welcome Moving, brake light, para-choques na cor do veículo.

Way 1.0 (R$ 31.490) - mesmos itens da Attractive, agregando: barras longitudinais no teto, faróis máscara negra, grade dianteira na cor preto brilhante com anéis na cor prata, retrovisores com luzes indicadoras de direção integradas na cor do veículo, moldura nas caixas de roda na cor cinza, conta-giros, frisos laterais das portas com inscrição Way.

Way 1.4 (R$ 34.990) - mesmos itens da Way 1.0, agregando: apoia-pé para o motorista, comandos internos para abertura da tampa de combustível e porta-malas, computador de bordo A/B, console para porta-objetos no teto, porta-óculos, preparação para som, quadro de instrumentos com display de alta resolução, vidros elétricos dianteiros com one touch e antiesmagamento, travas elétricas nas portas, volante com regulagem de altura.

Way 1.4 Dualogic (R$ 37.970)
 - mesmos itens da Way 1.4, agregando o câmbio automatizado Dualogic Plus com borboletas para troca de marchas.

Evolution 1.4 (R$ 34.990)
 - mesmos itens da Attractive, agregando: sistema Start&Stop, apoia-pé para o motorista, comandos internos para abertura da tampa de combustível e porta-malas, computador de bordo A/B, console para porta-objetos no teto, porta-óculos, quadro de instrumentos com display de alta resolução, vidros elétricos dianteiros com one touch e antiesmagamento, travas elétricas nas portas, volante com regulagem de altura e rádio USB/MP3, grade dianteira na cor preto brilhante, maçanetas e retrovisores (seta incorporada) pintados na cor da carroceria.

Sporting 1.4 (R$ 36.650) - mesmos itens da Evolution 1.4 (exceto sistema Start&Stop e rádio USB e MP3), agregando: rodas em liga-leve exclusivas de 15 polegadas, faróis de neblina, ambiente interno na cor preta, para-choques com desenho exclusivo e dupla saída de escape central cromada.

Sporting 1.4 Dualogic (R$ 39.630) - mesmos itens da Sporting 1.4, agregando o câmbio automatizado Dualogic Plus com borboletas para troca de marchas.

Geely GC2 
Com sangue uruguaio, compacto chinês desembarca por R$ 29,9 mil


Poucos meses depois de instalar suas primeiras concessionárias no Brasil e de começar a comercializar o sedã EC7, a chinesa Geely lança mais uma novidade no mercado nacional. Trata-se do hatch compacto GC2, modelo que será vendido por aqui a R$ 29,9 mil.

Tal qual o EC7, o pequenino GC2 é montado na planta uruguaia da Geely, situada na capital Montevidéu. De acordo com a montadora, o hatch mantém correlação visual com o urso panda, um dos mais conhecidos símbolos chineses da atualidade. O design é tratado como "leve e muito atrativo".

A proposta é similar àquelas de outros modelos chineses que chegaram por aqui: cativar pelo baixo custo aliado à boa oferta de itens de série. No caso do GC2, também deve ser levado em conta seu perfil eminentemente urbano, o que pode ser comprovado pelas modestas dimensões: 3,60 metros de comprimento, 1,46m de altura e 1,63m de largura.

A motorização do compacto segue esse padrão minimalista: 1.0 de três cilindros (12V) movido a gasolina, que oferece 68 cavalos de potência a 6.000 rpm e 8,9 kgfm de torque a 3.600 rpm. O bloco é atrelado a uma transmissão manual de cinco marchas.

Quanto à oferta de itens de segurança, o GC2 segue o padrão do segmento, trazendo os obrigatórios freios ABS com EBD e airbags dianteiros, bem como alarme antifurto, sistema de entrada sem chave (keyless) e cintos de segurança de três pontos para quatro dos cinco passageiros (exceção é a posição central do banco traseiro).

No que diz respeito ao conforto e à conveniência, são oferecidos itens de série como direção hidráulica, ar-condicionado, volante com regulagem de altura, sensor de estacionamento, travas elétricas, sistema de áudio com rádio AM/FM, CD player, entradas AUX e USB e regulagem elétrica de farol.

Volvo XC90 
Segunda geração coloca os suecos de volta à briga dos SUVs


Não é exagero algum dizer que o XC90 é o modelo mais importante lançado pela Volvo nos últimos anos. Afinal, o próprio CEO da marca escandinava, Hakan Samuelsson, afirmou que não haverá uma "segunda chance" para a empresa. A partir daí não fica difícil imaginar a responsabilidade que o SUV chegará às ruas de todo o planeta.

Completamente diferente do modelo lançado em 2002, o novo XC90 tem linhas mais robustas e menos esguias. Os belos faróis são tomados por LEDs dispostos em forma de "T" horizontalizado. Chamados de "Martelo de Thor", os faróis estarão presentes em todos os futuros lançamentos da Volvo. A grade retangular cortada pela tradicional barra diagonal da Volvo traz um novo logotipo com a seta alinhada com a barra diagonal. A lateral é demarcada pela linha de cintura alta, embora não seja tão pronunciada quanto os "ombros" do XC60 - o SUV compacto, aliás, tem design bem mais ousado que o XC90. As lanternas envolvendo parte da coluna "C", uma marca registrada das peruas e SUVs da marca sueca, ganharam contornos mais suaves, "emoldurando" a tampa do porta-malas. Vale frisar que o XC90 é o primeiro modelo 100% projetado pela Volvo e já sob adminstração Geely - de tão importante, a marca resolveu até redesenhar seu logotipo para marcar esta nova fase.

O interior leva o conceito de minimalismo pregado pelos lançamentos recentes da marca ao extremo. Poucos botões ficam expostos na cabine, sendo que a maioria das funções é controlada por uma grande tela sensível ao toque posicionada no console central. Até sete pessoas viajam com conforto no XC90, que traz itens como ar-condicionado digital com quatro zonas de regulagem de temperatura, sistema de som da Bowers & Wilkins com 19 alto-falantes e central multimídia com GPS, reconhecimento de voz e integração com o aplicativo Apple CarPlay, que sincroniza todas as funções do iPhone com o veículo.

Como é de praxe nos modelos Volvo, o XC90 traz uma generosa lista de equipamentos de segurança. Dois deles são inéditos: sistema de frenagem automática em cruzamentos e sistema de proteção para saídas não intencionais da pista. Também fazem parte do cardápio itens como alerta de mudança de faixa involuntária, monitoramento de pontos cegos, leitura de placas de trânsito, câmera de visão noturna com identificação de pedestres, frenagem autônoma (o conhecido sistema City Safety) em baixas velocidades, entre outros itens.

O SUV estreia a nova família de motores de quatro cilindros Drive-E. Serão duas opções movidas a diesel: o D5 biturbo entrega 225 cv e torque máximo de 47 mkgf, prometendo consumo médio de 16,7 km/l. Já o motor D4 tem 190 cv e torque máximo de 40 mkgf, consumindo em média espantosos 24,0 km/l. Haverá também duas variações a gasolina: T6, com turbocompressor e supercharger para gerar 320 cv e torque máximo de 40 mkgf, e T5, com 254 cv e torque máximo de 35 mkgf. Uma versão híbrida do tipo plug-in chamada T8 também está nos planos, combinando um motor 2.0 a gasolina para tracionar o eixo dianteiro e um motor elétrico de 80 cv para movimentar as rodas de trás. A potência combinada é de 400 cv, podendo rodar até 40 quilômetros apenas com eletricidade.

O XC90 terá uma série de estreia chamada First Edition, limitada a 1927 unidades - em alusão ao ano de fundação da empresa. Todos os veículos serão vendidos exclusivamente pela internet, a partir do dia 3 de setembro, trazendo rodas de liga leve aro 21 com acabamento preto, revestimento dos bancos com couro do tipo Nappa e detalhes exclusivos no interior, além de logotipos alusivos à versão, que será vendida nos Estados Unidos por US$ 65.900. Já o preço da versão de entrada será de US$ 48.900. A produção do SUV começa no segundo semestre de 2014 na planta de Torslanda, em Gotemburgo, sendo que as primeiras unidades serão entregues a partir de maio.

Volkswagen FOX
Hatch dá salto tecnológico e ganha câmbio manual de seis marchas

Ele foi lançado por aqui em 2003 e ganhou a primeira reestilização em 2009. Depois de ficar um pouco para trás na comparação com outros modelos do segmento, tanto em design quanto em tecnologia, a Volkswagen colocou a mão na massa e, em 2014, entrega uma nova atualização do hatch Fox, com preços começando em R$ 35.900, na versão Trendline com motor 1.0, e chegando até R$ 48.490 na 1.6 Highline.

Quando você o observa pela primeira vez, percebe que seu visual ficou "em dia" com outros modelos da montadora. O capô está mais longo e a grade frontal afinou, enquanto os faróis ganharam uma personalidade mais imponente. O para-choque dianteiro também foi modificado, bem como as luzes de neblina integradas a ele.

Na traseira, uma das novidades mais evidentes: a lanterna dupla, comum em modelos de segmentos superiores, como Golf e Passat. Para abrir o porta-malas, agora está disponível o dispositivo Easy Trunk, com acionamento no próprio emblema. Novas rodas de 16 polegadas (Tango) também chamam a atenção.

A cabine também está mais moderninha, com modificações nas saídas de ar e no volante. Além disso, uma nova cor-base, mais clara, confere um ar mais jovem ao carro. Para os mais tradicionais, o revestimento escuro padrão continua à disposição. Já o sistema de áudio, ao mesmo na versão Highline, ganhou um navegador GPS como item opcional.

As grandes atrações da renovação do Fox, porém, são tecnológicas. A Ford, primeiro com o Fiesta e mais recentemente com o Ka, havia elevado o padrão desses nichos, e a VW não demorou a responder. 

Desde a versão de entrada Trendline, o modelo conta com direção com assistência elétrica, chamada de Easy Drive. Já o sistema Park Pilot surge nas versões Comfortline e Bluemotion como opcional e, na Highline, é item de série. Basicamente, são sensores de estacionamento dianteiros e traseiros, com recursos sonoros e visuais. 

E, quando falamos apenas da versão de topo de linha Highline, a lista fica ainda mais recheada. De série, o Fox passa a contar com o controle de tração M-ABS. De modo opcional, o Módulo segurança I agrega ainda controle eletrônico de estabilidade (ESC) e faróis de neblina com luz de conversão estática, facilitando a visualização ao entrar ou sair de uma via no período noturno. Para completar o cardápio, assistente de partida em rampa (HHS) e bloqueio eletrônico do diferencial (EDS).

O novo motor 1.6 MSI foi o escolhido para equipar a versão mais cara e faz par com outra novidade introduzida no Fox: a transmissão manual de seis marchas. Com relações mais curtas, a proposta do câmbio é, naturalmente, proporcionar maior eficiência no consumo de combustível.

Veja abaixo todas as versões do novo Fox:

Trendline 1.0
 - (R$ 35.900) motor 1.0 flex (76/72 cavalos de potência), câmbio manual de cinco marchas. Direção com assistência elétrica, banco do motorista com ajuste milimétrico de altura, travas elétricas, vidros dianteiros elétricos, volante com ajuste de altura e profundidade, lavador, limpador e desembaçador traseiros, função Comfort Blinker (acionamento das luzes de direção por três vezes), rodas de aço de 15 polegadas.

Trendline 1.6 
(R$ 39.800) motor 1.6 flex (104/101 cavalos de potência), câmbio manual de cinco marchas. Mesmos itens da versão 1.0

Comfortline 1.0
 - (R$ 38.190) motor 1.0 flex (76/72 cavalos de potência), câmbio manual de cinco marchas. Mesmos itens da versão Trendline, mais: computador de bordo com nove funções, aerofólio traseiro na cor do carro, retrovisores externos com ajuste elétrico e indicador de direção integrado, vidros traseiros elétricos e sistema de áudio com rádio AM/FM, tocador de CD e entradas AUX, USB e SD.

Comfortline 1.6 (R$ 41.490) motor 1.6 flex (104/101 cavalos de potência), câmbio manual de cinco marchas (opcional I-Motion). Mesmos itens da versão 1.0.

Highline 1.6 - (R$ 48.490) motor 1.6 flex (120/110 cavalos de potência), câmbio manual de seis marchas (opcional I-Motion). Mesmos itens da versão Comfortline, mais: sistema Park Pilot (sensores dianteiros e traseiros de estacionamento), controle de tração M-ABS, sistema de alarme com comando remoto, ar-condicionado, pedaleira com apliques de alumínio, rodas de liga-leve de 15 polegadas, volante multifuncional revestido em couro.

Bluemotion 1.0 (R$ 37.690) motor 1.0 flex tricilíndrico (82/75 cavalos de potência), câmbio manual de cinco marchas. Direção elétrica Easy Drive, econômetro, malharia azul, rodas de aço de 14 polegadas, travas elétricas e vidros dianteiros elétricos.


Volkswagen Saveiro cabine dupla 
Nova versão da picape tem objetivo claro: desbancar o Fiat Strada

Durante a apresentação do Volkswagen Saveiro cabine dupla aos jornalistas, a equipe da montadora divulgou diversos dados sobre o modelo. E não foram raras as vezes em que "a concorrente" foi citada. Apesar de o nome não ter sido mencionado nenhuma vez, basta olharmos para os números mensais de veículos vendidos no Brasil que saberemos de quem se trata: Fiat Strada, líder no segmento.

Mas, no que depender da VW, esse jogo poderá mudar em breve. Afinal, com a chegada da versão CD do Saveiro, a marca passa a contestar uma fatia de 28% do segmento (53% para cabine simples e 19% para cabine estendida). Para superar o modelo da Fiat, foi feita uma aposta características como o espaço interno otimizado e as tecnologias de auxílio à direção inéditas no segmento.

Em primeiro lugar, a marca deixa claro que deseja fazer do modelo de cabine dupla um carro que atenda a múltiplos perfis de clientes. Vamos nos lembrar: a natureza do Saveiro é de um veículo de trabalho. Para não perder essa funcionalidade, mesmo com o espaço interno ampliado, a caçamba possui 580 litros de capacidade e não perde espaço para o estepe, que fica abaixo do assoalho.

Por dentro, a promessa é de que cinco ocupantes se acomodem com conforto. O acesso ao banco traseiro ocorre, segundo a VW, da mesma maneira que o Gol 2 portas, já que as portas de ambos têm o mesmo tamanho. O espaço para a cabeça é de 945 milímetros e é obtido graças a um recurso de design interessante: nesse trecho do carro, o teto é discretamente elevado. No entanto, a presença de um rack (item de série em todas as versões) disfarça essa variação, de modo a manter as linhas visuais fluidas.

Há outros itens que facilitam a vida dos usuários no dia a dia, como os dois porta-garrafas, um porta-latas e uma tomada adicional de 12V, todos acessíveis na parte traseira. Na frente, o sistema de áudio conta com entradas USB e auxiliar e com a função streaming, pelo qual é possível ouvir músicas via Bluetooth.

Mesmo com essas benesses, não há como negar: é a oferta de itens de auxílio à condução que mais se destaca no novo Saveiro cabine dupla. A começar pela utilização de freios a disco nas quatro rodas e pela introdução de uma suspensão traseira com eixo interdependente com braços longitudinais e molas superprogressivas. O sistema Park Pilot, com sensores de estacionamento traseiros e visualização de manobra no visor do rádio (OPS), vem de série a partir da versão Highline.

Na versão de topo de linha Cross, a lista aumenta consideravelmente. A saber: freios ABS com função off-road, que otimiza o tempo de frenagem em situações de solo não-asfaltado, controle eletrônico de estabilidade (ESC), sistema de assistência à frenagem (BAS), controle de tração (ASR), bloqueio eletrônico de diferencial (EDS) e assistente de partida em rampa (HHS).

Sob o capô, a picape de cabine dupla tem motor 1.6 flex de 104/101 cavalos de potência (etanol/gasolina) nas versões Trendline e Highline, enquanto a Cross ganha o novo bloco 1.6 flex de 120/110 cv. Em todos os casos, o câmbio é manual de cinco marchas.

Veja abaixo os detalhes das versões do Saveiro cabine dupla:

Trendline 1.6 (R$ 47.490) motor 1.6 flex (104/101 cavalos de potência), câmbio manual de cinco marchas. Direção hidráulica, desembaçador do vidro traseiro, tampa da caçamba com amortecedor, travas elétricas, vidros dianteiros elétricos, banco do motorista com regulagem de altura, três encostos de cabeça no banco traseiro, rodas de aço de 14 polegadas.

Highline 1.6
 - (R$ 52.720) motor 1.6 flex (104/101 cavalos de potência), câmbio manual de cinco marchas. Agrega: ar-condicionado, faróis de neblina, frisos laterais cromados, I-System, alarme keyless, rádio com CD, MP3, entradas AUX, iPod e USB, retrovisores externos elétricos com função tilt down, sistema Park Pilot, rodas de aço de 15 polegadas e volante multifuncional.

Cross 1.6 - (R$ 59.990) motor 1.6 flex (120/110 cavalos de potência), câmbio manual de cinco marchas. Agrega: ABS com função off-road, bloqueio eletrônico do diferencial, controle de tração, controle eletrônico de estabilidade, assistência à frenagem, assistente de partida em rampa, capota marítima com ganchos deslizantes na caçamba, faróis auxiliares de dupla ação (neblina e milha), pedaleira em alumínio, rodas de liga-leve de 15 polegadas e volante multifuncional em couro.


FORD Ka+
Com mais espaço para ocupantes e malas do que o hatch, sedã quer peitar o Renault Logan


Faz tempo que o Ka deixou de ser um carro de nicho. Desde a geração lançada em 2008 ele virou um modelo mais “tradicional”, feito para quem precisa levar mais do que um acompanhante (ou até a família toda) e bagagens. Esta nova fase começou há quase cinco anos, e agora se consolida com o lançamento de uma inédita versão sedã, derivada da terceira geração do veículo. 

O veículo batizado de Ka+ (lê-se Ka Mais) oferece um porta-malas de 445 litros, menor que os 482 do Fiesta Rocam, a quem substitui. São, ainda, cinco litros a menos que o HB20S, que o coloca na lanterna da categoria. Mas o compartimento volumétrico traz soluções pouco usuais entre a concorrência, como as dobradiças pantográficas, cuja montagem não “rouba” espaço e nem amassa as malas, e a alavanca para abertura interna da tampa, concebida para facilitar a fuga em caso de seqüestros.
Some a esta generosidade no bagageiro um interior espaçoso para quatro pessoas – novamente atrás do Logan, mas à frente de rivais como VW Voyage e Chevrolet Prisma. Não dá para esticar as pernas como no Renault, mas ombros e cabeça não sofrem nem no banco de trás. Um quinto ocupante até consegue viajar com a turma toda, mas passará aperto.

Assim como o hatch, o Ka+ é um produto desenvolvido no Brasil para o resto do mundo. Seu design segue as últimas tendências de estilo da Ford, com frente de New Fiesta, grade inspirada nos Aston Martin e vários vincos demarcando a carroceria. Dois detalhes, aliás, distinguem sedã de hatch: o primeiro é o acabamento da grade dianteira, com filetes prateados (ou cromados na versão mais cara SEL) em vez do padrão colméia usado no hatch. O segundo diferencial está nos faróis, que têm máscara cromada no Ka+ e fumê no Ka. Mais diferenças surgem do lado de dentro, com detalhes em preto brilhante nas maçanetas e console central do sedã – o hatchback tem apliques prateados.

Todas as versões do Ka+ oferecem de fábrica ar-condicionado, direção elétrica, vidros elétricos dianteiros, travas elétricas com controle remoto, rádio CD Player com reprodução de arquivos em MP3 e suporte para telefone celular ou MP3 Player (chamado de MyFord Dock), airbag duplo frontal, freios ABS com distribuição eletrônica (EBD) e controle de frenagem em curvas (CBC). Dependendo da versão, o sedã pode ganhar controles de estabilidade e de tração, assistente de partida em rampas, sistema multimídia SYNC com reconhecimento de comandos de voz e a assistência de emergência, que chama serviço médico em caso de acidente.

O Ka+ será vendido a partir de outubro com os motores 1.0 TiVCT, com 85 cv (etanol) e 80 cv (gasolina), e Sigma 1.5, que rende até 110 cv quando abastecido com etanol – se a escolha for pela gasolina a potência cai para 105 cv. Foi esta segunda versão que QUATRO RODAS dirigiu por estradas pessimamente conservadas entre Porto Seguro e Trancoso. Com três ocupantes sem bagagens, o Ka+ chamou atenção pela boa estabilidade nas curvas e respostas nas subidas, embora tenha dado indícios de que possa sofrer um pouco com capacidade máxima - algo que também acontece com seus rivais. E por falar neles, Renault Logan, Chevrolet Prisma, Fiat Siena e VW Voyage serão os concorrentes do Ka+. Ainda é cedo para dizer se o carro (que substitui o antigo Fiesta Sedan Rocam) realmente vai emplacar. Seja como for, a Ford aposta alto no modelo. Segundo o gerente de marketing da empresa, Oswaldo Ramos, o Ka+ tem potencial para se tornar o sedã mais vendido da história da marca.

Veja abaixo a tabela de preços do Ka+

Ka+ SE 1.0: R$ 37.890
Ka+ SE Plus 1.0: R$ 39.890
Ka+ SEL 1.0: R$ 42.490

Ka+ SE 1.5:
 R$ 42.890
Ka+ SE Plus 1.5: R$ 44.890
Ka+ SEL 1.5: R$ 47.490


NOVO FORD KA
Agora um modelo global, compacto amadurece e ganha quatro portas

O Ka simboliza com exatidão as fases da vida de um ser humano. Nascido em 1997, ele tinha como único compromisso a diversão. Era um carro jovem feito para pessoas jovens, que se preocupavam mais com o programa do fim de semana do que com as obrigações do dia-a-dia. Logo ele cresceu e começou a assumir responsabilidades. A segunda geração do Ka surgiu em 2007 com a missão de ser o carro da família. Oferecendo espaço para cinco pessoas e bagagens, conseguia acomodar todo mundo com (certo) conforto. Mas ainda faltava algo.

Este passo a frente acontece com o Novo Ka. Mais maduro do que nunca, o compacto se esforça em servir a família toda, que finalmente pode desfrutar da comodidade das quatro portas - algo inconcebível no projeto original do designer Claude Lobo. O design também mostra o quanto o compacto evoluiu. Agora um projeto global, o modelo ganhou linhas refinadas com inspiração nas últimas tendências de estilo da Ford. Dos faróis espichados à famosa grade "a la Aston Martin", todos os elementos estão no Ka. O visual arrojado remete ao seu irmão mais velho, o New Fiesta. A cabine é moderna e bem acabada para um veículo compacto, embora não seja tão espaçosa. Além da carroceria de quatro portas - a única opção disponível, aliás -, outra grande novidade da terceira geração é o lançamento de uma inédita versão sedã nos próximos meses. Conhecido como Ka+ (lê-se "Ka Mais"), ele preencherá a lacuna a ser deixada pelo veterano Fiesta Rocam Sedan.

Inicialmente, o hatchback será oferecido somente com o motor 1.0 de três cilindros em linha, dotado de variador de fase tanto no comando das válvulas de admissão quanto nas de escape. O propulsor tem a mesma concepção do aclamado EcoBoost 1.0, que na Europa equipa até o Focus. Aqui, porém, por uma questão de custos ele perdeu a turbina que eleva a potência para mais de 100 cv. Mas isso não significa que o Ka ficou fraco demais: com 85 cv se abastecido com etanol e 80 cv com gasolina, ele desbanca o Volkswagen Up do trono de veículo 1.0 aspirado mais potente do país. Outra vitória do Ford sobre seu rival aparece na hora de encher o tanque: segundo a Ford, o novo Ka é o veículo popular mais econômico do Brasil.

O termo popular, aliás, não faz jus ao conteúdo de alguams versões do Ka. Ar-condicionado e direção elétrica serão oferecidos de fábrica em todas as versões, acompanhando os obrigatórios airbag duplo frontal e freios ABS. Inicialmente serão oferecidas três versões: SE, SE Plus e SEL. A SE traz os itens supracitados mais sistema de som com rádio AM/FM, entrada USB e Bluetooth, rodas aro 14 com calotas, 21 porta-objetos, indicador de troca de marcha, abertura elétrica do porta-malas, coluna de direção com ajuste de altura, vidros elétricos dianteiros e travas elétricas.

A SE Plus se destaca por oferecer o sistema de chamada de emergência, um recurso inédito entre os veículos fabricados no Brasil. Em caso de acidente, ele aproveita o sistema multimídia SYNC para fazer uma ligação ao 192, o número de atendimento médico de emergência. Ele, então, aproveita as informações do GPS para informar as coordenadas de latitude e longitude do veículo e fornecer a localização exata do veículo acidentado. Por fim, o recurso mantém aberta a chamada no modo viva-voz para que a telefonista consiga conversar com o motorista ou, na ausência de resposta, deduzir a gravidade dos ferimentos e enviar uma ambulância. Além deste recurso, o Ka SE Plus acrescenta vidros traseiros elétricos e volante multifuncional.

Já a SEL investe nos itens de segurança, trazendo os controles de estabilidade e de tração, uma primazia em seu segmento. Assim como no New Fiesta e no EcoSport, há também o assistente de partida em rampas, que "segura" o veículo nos aclives por três segundos até que o condutor tire o pé da embreagem e pise no acelerador.

Pena que assim como o termo "popular" soa estranho pela generosa lista de equipamentos, ele também não se encaixa nos preços do modelo. A versão SE será oferecida pelo valor inicial de R$ 35.390, subindo para R$ 37.390 no caso da SE Plus. A opção mais cara será a SEL, ao preço de R$ 39.990 sem opcionais. Por conta da estratégia de marketing da Ford, o sedã Ka+ será oferecido apenas com o motor Sigma 1.5 que já é empregado no New Fiesta.
O Ka nem de longe lembra o carrinho descompromissado e irreverente do passado. Só falta saber se esta nova personalidade será suficiente para fazer a Ford desbancar toda a concorrência.

RENAULT SANDERO 
Espaçoso como sempre, ele agora aposta no design e nos equipamentos para crescer

Se existe um modelo responsável pelo crescimento da Renault no país na última década, ele é o Sandero. Lançado em 2007, o hatchback nasceu a quatro mãos, graças a um trabalho conjunto de Renault e Dacia. A plataforma veio do sedã Logan, originalmente projetado pelos romenos e introduzido no Brasil poucos meses antes do Sandero. Já o design ficou a cargo do centro de design latino-americano da Renault, sediado em São Paulo (SP). A mistura deu certo e logo o Sandero caiu nas graças do brasileiro. A reestilização de meia-vida feita em 2012 deu fôlego para o modelo continuar vendendo bem, apesar de alguns defeitos jamais terem sido corrigidos desde seu lançamento.

A segunda geração do Sandero estreia no Brasil justamente com esta intenção. Se o antigo hatch pecava pela falta de capricho no interior (o acabamento simples demais sempre foi um dos pontos fracos) e pelo design tímido - ainda que mais harmonioso que o primeiro Logan -, seu antecessor aposta justamente nestes aspectos. A montadora alega que foram alterações necessárias para atender um consumidor cada vez mais exigente. Mas todo mundo sabe que o processo de embelezamento do Sandero segue os passos do Logan. Juntos, eles pretendem mudar a imagem da Renault de fazer carros bons, mas sem graça.

Os fãs mais ardorosos do Sandero podem acusar a Renault de tirar sua personalidade adotando a mesma frente do Logan. Fica nítida a preocupação da marca em deixar o hatch com um visual mais refinado e menos agressivo. Olhe para as laterais: os vincos agora são mais suaves e demarcam os para-lamas de forma sutil. As lanternas traseiras lembram muito as do Logan - e também as de Onix e Gol, especialmente pela posição mais baixa. O interior ganhou em refinamento: não bastassem as superfícies serem mais elaboradas, a qualidade dos materiais empregados pela cabine melhorou. A versão mais cara, Dynamique, tem até molduras cromadas, apliques em preto brilhante no painel e bancos com relevo. Somente uma qualidade que sempre o acompanhou não mudou: o ótimo espaço interno para todos os passageiros.

Longe dos olhos muita coisa também mudou: segundo a Renault, cerca de 80% dos componentes nunca foram usados. Além da plataforma inaugurada pelo novo Logan, o carro teve melhorias na suspensão, direção e isolamento acústico. As opções de motorização não mudaram: continuam sendo as 1.0 16V e 1.6 8V, entregando 80cv/77 cv e 106 cv/98 cv, respectivamente.

O novo Sandero será lançado em quatro versões: Authentique 1.0, Expression 1.0 e 1.6 e Dynamique 1.6. A versão mais barata oferece de fábrica airbag dupo frontal, freios ABS com distribuição eletrônica de frenagem (EBD), direção hidráulica, rodas aro 15, retrovisores com regulagem interna manual, aberturas internas do porta-malas e da tampa do tanque de combustível e ar quente. A opção Expression acrescenta rádio CD Player com reprodução de arquivos em MP3 e entrada auxiliar USB, Bluetooth, vidros elétricos dianteiros, travas elétricas, alarme, computador de bordo, retrovisores e maçanetas externas na cor da carroceria e coluna "B" com acabamento preto.

Já a configuração Dynamique agrega bancos com relevo, rodas de liga leve aro 15, luzes de seta nos retrovisores, faróis de neblina, vidros elétricos traseiros, piloto automático, banco traseiro bipartido, volante revestido em couro e regulagem elétrica dos retrovisores. Como opcionais, a Renault oferece sensor de estacionamento traseiro, central multimídia MediaNAV 1.2 com orientação de condução econômica e ar-condicionado digital. Além disso, há também uma gama de acessórios composta por alarme, engate, faróis de neblina, ponteira de escapamento cromada e o kit Sport, composto por saias laterais, spoilers dianteiro e traseiro e aerofólio traseiro.

O novo Sandero será vendido com garantia de três anos ou 100 mil quilômetros. Os preços do modelo variam entre R$ 29.890 para a versão Authentique 1.0 e R$ 42.390 no caso do Dynamique 1.6 8V.
Veja abaixo os preços da gama Sandero:
Sandero Authentique 1.0 16V: R$ 29.890
Sandero Expression 1.0 16V: R$ 34.990
Sandero Expression 1.6 8V: R$ 38.590
Sandero Dynamique 1.6 8V: R$ 42.390



NISSAN NEW MARCH
Reestilização deixa modelo com cara (e conteúdo) de compacto premium

Lançado há menos de quatro anos no Brasil, o March passa por sua primeira reestilização. Agora rebatizado de New March, o carro traz a nova identidade visual da Nissan, marcada pelos novos faróis e grade frontal. O para-choque também foi redesenhado, ganhando uma entrada de ar maior e mais elegante. As mudanças na traseira foram mais discretas, incluindo lanternas com nova disposição de luzes e novo para-choque. Com as mudanças estéticas, o New March tem 3,83 metros de comprimento (um aumento de 4,7 centímetros frente ao modelo antigo) e 1,68 metro de largura (1 centímetro a mais), preservando a altura de 1,53 metro e a distância entreeixos de 2,45 metros.

Ao contrário de outras reestilizações que só abrangem o exterior, o New March também mudou por dentro. A principal alteração foi a substituição das saídas centrais de ar-condicionado redondas por outras retangulares. Nas versões mais caras, o painel tem visual requintado, com direito a central multimídia com tela de 5,8 polegadas sensível ao toque e ar-condicionado digital. O acabamento também evoluiu na qualidade dos materiais utilizados.

Assim como no modelo anterior, o compacto será oferecido nas motorizações 1.0 16V e 1.6 16V - esta segunda fabricada no mesmo complexo de Resende (RJ) onde o modelo é produzido. O motor 1.0 16V entrega 74 cv a 5.850 rpm e torque máximo de 10 mkgf a 4.350 rpm com etanol ou gasolina no tanque. Já o 1.6 16V chega aos 111 cv a 5.600 rpm independente do combustível escolhido.

O New March tem seis versões de acabamento - três para cada motorização. De série, todas trazem airbag duplo frontal, cintos de segurança dianteiros com pré-tensionadores, direção elétrica progressiva, freios ABS com distribuição de frenagem (EBD) e assistência de frenagem (BAS). A versão 1.0 Conforto oferece ar-condicionado, ar quente, alarme de advertência para chave no contato, computador de bordo com consumo instantâneo e relógio, calotas, retrovisores externos na cor da carroceria, tomada de 12 volts e volante com regulagem de altura. A versão S (oferecida com motores 1.0 e 1.6) acrescenta chave com botões para abertura das portas e do porta-malas, retrovisores elétricos, travas elétricas e vidros dianteiros e traseiros elétricos.

A opção SV (com motorizações 1.0 e 1.6) agrega aerofólio com brake-light e lâmpada de LED, Bluetooth, volante multifuncional com comandos de som e telefone, maçanetas externas na cor da carroceria, rádio CD Player com entradas auxiliares para iPod e USB, revestimento dos bancos exclusivo e rodas de liga leve aro 15. Mais luxuosa, a versão 1.6 SL tem ar-condicionado digital, apliques em preto brilhante no painel, alarme com acionamento na chave, câmera de ré, faróis com máscara negra, lanternas fumê, rodas de liga leve aro 16, rádio CD Player com tela sensível ao toque de 5,8 polegadas e entradas auxiliares para iPod e USB e sistema de navegação por satélite (GPS).

Com três anos de garantia sem limite de quilometragem, o New March terá um programa de preços fixos de revisões, com valores que variam de R$ 199 a R$ 409.

Veja abaixo os preços da linha New March:
New March 1.0 Conforto: R$ 32.990
New March 1.0 S: R$ 34.990
New March 1.0 SV: R$ 36.990
New March 1.6 S: R$ 37.490
New March 1.6 SV: R$ 39.990
New March 1.6 SL: R$ 42.990

NOVO HONDA FIT  
Design esportivo, mais espaço e motor 1.5 são as novidades da terceira geração

Substituir um campeão de vendas por uma nova geração é um movimento bastante arriscado e delicado. Não há chance de errar, sob o risco de jogar toda uma reputação por água abaixo. Para sorte da Honda, dificilmente isso acontecerá com o Fit. Pelo contrário: são enormes as chances dela não só reter seus clientes, como conquistar gente que nunca pensou em ter um Fit. E isso é um bom sinal.

O principal chamariz da terceira geração do monovolume está no visual. Em vez das linhas mais comportadas, feitas sob medida para agradar o público feminino (como mostram pesquisas realizadas pela própria marca), o novo Fit tem estilo mais agressivo. A frente inaugura a nova identidade visual da Honda no país, com traços futuristas e uma grade pronunciada. Um vinco ascendente "corta" as laterais, acabando nas lanternas em forma de cunha, prolongadas por refletores que cobrem as colunas "C". Até os para-choques traseiros ganharam entradas de ar falsas, que podem não ser funcionais, mas deixam o carro com um ar bem mais esportivo. No geral, o novo Fit é 9 centímetros mais longo e tem distância entre-eixos 3 milímetros maior frente a seu antecessor.

A cabine ganhou mais refinamento, especialmente nas versões mais caras. Todos os mostradores e comandos ficam voltados para o motorista, numa solução que as montadoras de automóveis gostam de chamar de "cockpit". A versatilidade dos bancos foi mantida com o modo ULT (do inglês "Utility Long Tall"), que permite rebater ou dobrar os assentos para o transporte de objetos longos ou altos. O modelo inclui ainda um quarto modo, chamado Refresh, no qual os bancos da frente podem ser completamente reclinados, transformando o interior em uma cama de casal. Como já acontecia no antigo Fit, o carro traz diversos porta-objetos espalhados pela cabine, incluindo até dois porta-copos com diâmetros reguláveis à frente das saídas de ar-condicionado laterais.

Toda a linha Fit será oferecida somente com o motor 1.5 16V i-VTEC. Baseado no antigo 1.5, ele incorpora tecnologias como controle eletrônico variável de sincronização e abertura de válvulas (varia o tempo e a profundidade da abertura das válvulas de acordo com a rotação do motor), aumento da taxa de compressão e a redução do atrito entre as peças. O conjunto também tem a tecnologia Flex One, que dispensa o reservatório de partida a frio. A potência chega aos 116 cv a 6.000 rpm, com torque máximo de 15,3 mkgf a 4.800 rpm quando abastecido com etanol. As versões EX e EXL contam com transmissão continuamente variável (CVT), ausente no antigo Fit. Em comparação com a caixa CVT da primeira geração, este novo conjunto traz um conversor de torque, melhorando a tração, aceleração e economia de combustível.

Segundo dados fornecidos pela Honda, o Fit 1.5 CVT faz 8,3 km/l na cidade e 9,9 km/l na estrada, com etanol no tanque. Com gasolina, ele é mais econômico, fazendo 12,3 km/l e 14,1 km/l. No caso do modelo com câmbio manual, os números de consumo são de 8,3 km/l na cidade e 9,5 km/l na estrada, abastecido com etanol. Se a escolha for pela gasolina, os números sobem para 11,6 km/l e 13,6 km/l, respectivamente. Estes resultados fizeram o carro obter a classificação "A" no ranking de economia de combustível formulado pelo Inmetro.

A linha Fit 2015 será formada por quatro versões. Por R$ 49.900, a opção de entrada DX traz ar-condicionado, direção com assistência elétrica, vidros e travas elétricas, airbag duplo frontal, freios ABS, grade frontal e espelhos retrovisores pintados de preto e rodas de aço com calotas aro 15. A versão seguinte é a LX, que por R$ 54.200 acrescenta itens como rádio Double Din com entrada USB, detalhes na cor da carroceria, banco do motorista com regulagem de altura, sistema modular ULT, retrovisores com regulagem elétrica e rodas de liga leve de 15 polegadas.
A partir da versão EX (R$ 62.900, apenas com câmbio CVT), o carro inclui uma tela touchscreen de LCD de cinco polegadas, Bluetooth, câmera de ré com três ângulos de visão (panorâmica, normal e superior), faróis de neblina, grade frontal em acabamento preto brilhante, rodas de liga leve aro 16, chave canivete, rádio Double Din com reprodução de arquivos em MP3 e WMA e entradas auxiliares P2 e USB. A versão topo-de-linha é a EXL (R$ 65.900), que troca o revestimento de tecido por couro e a iluminação âmbar por outra azulada. Esta configuração também inclui airbags laterais frontais, indicador ecológico e de consumo instantâneo, piloto automático,computador de bordo, para-brisa degradê, repetidores de seta nos espelhos retrovisores.
QUATRO RODAS avaliou a versão EXL pelas ruas e estradas de Florianópolis (SC), e pode comprovar a evolução do Fit. A transmissão CVT tem funcionamento mais suave do que a antiga caixa automática convencional do modelo, especialmente em baixas rotações. É nítida a mudança de comportamento do veículo quando o modo Sport é selecionado, fazendo o carro responder mais rapidamente aos comandos do motorista, especialmente nas acelerações. No dia-a-dia, a direção com assistência elétrica facilita as manobras em espaços apertados e o interior versátil permite carregar objetos grandes sem dificuldades. A vida também é fácil para os passageiros do banco de trás, que ganharam mais espaço para as pernas graças ao aumento na distância entre-eixos.

A Honda estima que a versão mais procurada deve ser a LX, respondendo por 49% do mix de vendas. A EX surge com 38%, seguida pela top EXL (10% do mix) e a versão de entrada DX deve ser a menos procurada, com apenas 3% das vendas. A marca projeta comercializar 48 mil veículos de abril até dezembro deste ano. Para o ano que vem, a expectativa é superar o volume de 50 mil unidades, uma média superior a 5 mil carros vendidos por mês. O novo Fit será oferecido com três anos de garantia.

Veja abaixo a lista de preços do novo Fit:
Honda Fit DX (manual): R$ 49.900
Honda Fit DX (CVT): R$ 54.500
Honda Fit LX (manual): R$ 54.200
Honda Fit LX (CVT): R$ 58.500
Honda Fit EX (CVT): R$ 62.900
Honda Fit EXL (CVT): R$ 65.900

Ford Ranger Sport
Por R$ 67.990, versão aposta no visual para fazer frente à S10

A Ranger Sport não é uma novidade no portfólio da Ford. Afinal, sua antecessora já tinha esta versão. Mas se a picape mudou bastante de uma geração para a outra, pelo menos mercadologicamente ela tem a mesma intenção: atrair consumidores de picapes pequenas.

É verdade que os R$ 67.990 pedidos não a torna acessível como Fiat Strada ou Volkswagen Saveiro. O objetivo da nova versão da Ranger é seduzir quem precisa de mais espaço, principalmente para as bagagens, e já tem condições de comprar uma picape maior. O problema é que, por este valor, a Ranger Sport supera o preço pedido pela versão de entrada da arquirrival Chevrolet S10, oferecida por R$ 65.890.

A picape dá o troco com o motor 2.5 Duratec Flex, que rende 173 cv - ou 32 cv a mais que a S10. O torque máximo chega a 24,8 mkgf a 4.250 rpm, quando abastecido com gasolina. E é preciso bastante força para dar conta de levar duas pessoas e até 1.455 quilos de carga na caçamba.

A lista de itens de série inclui ar-condicionado, direção hidráulica, computador de bordo, volante multifuncional com comandos de som, piloto automático, faróis de neblina, rodas de liga leve aro 17, retrovisores elétricos e sistema de som com rádio, CD Player, entradas USB e para iPod, Bluetooth e tela de LCD de 4,2 polegadas. Por fora, ela se diferencia do restante da linha pelo aplique plástico no para-choque frontal, adesivos laterais e santantonio tubular na parte de trás.

A nova versão da Ranger será oferecida somente com câmbio manual de cinco marchas e na carroceria de cabine simples.

Novo Toyota Corolla
Mais jovial, sedã chega com a missão de destronar o Civic

Um modelo completamente novo para tentar recuperar a liderança dos sedãs. Este é o novo Corolla, que começa a ser produzido em Indaiatuba (SP) com o objetivo de desbancar seu arquirrival Honda Civic do topo das vendas.

O carro será oferecido em quatro versões: GLi 1.8 com transmissões manual ou automática, XEi e Altis. Estas duas últimas opções serão vendidas somente com a transmissão automática continuamente variável (CVT), simulando sete marchas no modo Drive com possibilidade de trocas sequenciais por borboletas.

O novo Corolla cresceu em todos os sentidos. São 4,62 metros de comprimento, 1,77 metro de largura e 1,47 metro de altura. Com isso, o sedã ficou oito centímetros mais longo, oito centímetros mais largo e cinco centímetros mais baixo frente ao seu antecessor. A distância entre-eixos é de 2,70 metros, representando um aumento de 10 centímetros. O espaço para os joelhos e pés dos passageiros de trás também melhorou.

O design também evoluiu, deixando o conservadorismo um pouco de lado. Com linhas praticamente idênticas ao do modelo europeu, o Corolla tem faróis mais espichados (com LEDs na versão Altis), capô rebaixado e grade frontal com três filetes. Na traseira, as lanternas invadem as laterais e a tampa do porta-malas, sendo unidas por uma régua acima da placa, criando uma forte associação visual com o Camry.

A lista de equipamentos de série é compatível com a concorrência. Desde a versão de entrada GLi o sedã traz ar-condicionado, direção com assistência elétrica, chave do tipo canivete, com comandos do alarme integrados, cinco airbags (dois frontais, dois laterais dianteiros e um para proteger os joelhos do motorista), computador de bordo com seis funções, coluna de direção com regulagem de altura e profundidade, painel com apliques em preto brilhante, sistema de som com entradas USB e para iPod, Bluetooth, faróis de neblina, vidros e retrovisores elétricos e volante multifuncional, entre outros itens.

A versão XEi traz sistema multimídia com tela de 6,1 polegadas, DVD Player, câmera de ré, revestimento interno em couro cinza, ar-condicionado digital, computador de bordo com velocidade instantânea, vidros elétricos com acionamento um-toque nas quatro portas, banco traseiro bipartido com descanso de braço central e porta-copos, piloto automático, retrovisor interno fotocrômico e apliques simulando fibra de carbono. 

A opção Altis agrega banco do motorista com regulagens elétricas, iluminação diurna por LEDs, destravamento das portas sem chave, partida do motor no botão, banco do motorista com regulagens elétricas, acendimento automático dos faróis, retrovisores externos com rebatimento elétrico e sete airbags (dois frontais, dois laterais dianteiros, dois do tipo cortina e um para proteção dos joelhos do motorista).

Nenhuma mudança foi realizada nas duas opções de motorização. O motor 1.8 16V Dual VVT-i rende 144 cv com etanol e 139 cv com gasolina, sempre a 6.000 rpm, e torque máximo de até 18,4 mkgf, se abastecido com etanol. As versões mais caras usam o 2.0 16V VVT-i, que entrega até 154 cv com etanol a 5.800 rpm e torque máximo de 20,3 mkgf a 4.800 rpm. Ambos dispensam o tanquinho de partida a frio.

Veja a tabela de preços do Novo Corolla:
Corolla GLi 1.8 (manual): R$ 66.570
Corolla GLi 1.8 (automático): R$ 69.990
Corolla XEi 2.0 (automático): R$ 79.990
Corolla Altis 2.0 (automático): R$ 92.990

BMW
Crossover traz fórmula do X6 em embalagem menor

O X6 inaugurou uma nova categoria de SUVs dentro (e fora) da BMW. Com suas formas ousadas, o modelo ainda divide as pessoas até hoje, que na dúvida entre um utilitário esportivo ou um cupê preferem chamá-lo de crossover.

Agora chegou a hora do X6 ganhar companhia. A marca alemã lançará a versão final do X4, que já havia sido antecipada pelo X4 Concept, apresentado no último Salão de Frankfurt. A novidade tem design mais esportivo que o X3 (modelo do qual deriva), lembrando o estilo do Série 4 Coupé. Os faróis exibem contornos mais retos, praticamente se unindo com a grade dupla tão tradicional da BMW. O teto com uma forte queda em direção à traseira saliente é a herança mais forte do X6. As lanternas também lembram o Série 4. No geral, o X4 é 1,4 centímetro mais longo e 3,6 centímetros mais baixo frente ao X3.

O luxuoso interior é praticamente o mesmo do X3, trazendo materiais agradáveis de se ver (e tocar), como couro, alumínio e apliques em preto brilhante espalhados pela cabine. Todos os comandos e funções são familiares a quem já dirigiu – ou pelo menos entrou – em um BMW alguma vez, incluindo o seletor giratório do computador iDrive e a alavanca do câmbio automático de oito velocidades.

Inicialmente o X4 será oferecido com seis opções de motorização. Três delas são movidas a gasolina (2.0 de quatro cilindros com 184 cv ou 245 cv e 3.0 de seis cilindros em linha com 306 cv) e as outras três utilizam diesel (2.0 com 190 cv e 3.0 de seis cilindros com 258 cv ou 313 cv). O novo crossover da BMW será lançado ainda neste semestre em mercados como a Europa e os Estados Unidos. Ainda não há previsão de quando o modelo chegará ao Brasil.


Jeep Grand Cherokee 
Leve reestilização e novo câmbio são as novidades do SUV

O Grand Cherokee já viveu dias melhores no Brasil. Um dos primeiros modelos trazidos para cá após a liberação das importações em meados dos anos 90, o carro praticamente ensinou o brasileiro a gostar dos utilitários esportivos de luxo, os chamados SUVs. Seu reinado, no entanto, durou pouco: o modelo sucumbiu diante de rivais mais modernos e equipados, ficando em uma posição intermediária na categoria.

Enquanto a nova geração não chega, o que acontecerá apenas em 2016, o modelo atual estreia sua primeira reestilização por aqui. As maiores alterações foram feitas na dianteira: a grade com sete barras verticais, uma marca registrada da Jeep, ficou mais afilada e longe dos faróis. Estes, aliás, foram redesenhados, ganhando contornos mais sinuosos. Atrás, as lanternas foram redesenhadas e a régua cromada na tampa do porta-malas foi removida.

Se o motor é o mesmo 3.6 V6 Pentastar, de 286 cv, a transmissão de cinco marchas foi trocada por uma caixa automática de oito velocidades. Para encarar as trilhas, a Jeep oferece o Selec-Terrain, com cinco modos de condução fora-de-estrada. São eles: Sand (areia), Mud (lama), Auto (reconhece qualquer terreno), Snow (neve) e Rock (pedra, no qual a reduzida é ativada). A tração nas quatro rodas Quadra-Trac II recorre a diversos sensores para identificar falta de aderência em uma das rodas, distribuindo a força para corrigir a situação. Já o Selec-Speed oferece os controles de subida e descida, que controla a velocidade do carro automaticamente, sem necessidade de acelerar ou frear.

O novo Grand Cherokee será vendido nas versões Laredo e Limited. A lista de itens de série inclui sete airbags (dois frontais, dois laterais frontais, quatro do tipo cortina e um para proteção dos joelhos do motorista), central multimídia com entrada auxiliar, USB e cartão SD, Bluetooth, tela touchscreen de cinco polegadas na Laredo e 8,4 polegadas na Limited, sistema de navegação por satélite (GPS), computador de bordo e faróis de bi-xenonio com LEDs, entre outros equipamentos. O utilitário esportivo chega às revendas Jeep por 185.900 reais na versão Laredo e 214.900 reais na opção Limited.



Lamborghini Huracan
A nova macchina de Sant'Agata Bolognese chega com credenciais para honrar o legado da Gallardo

A nova fera da Lamborghini chegou. A Huracan LP 610-4 estreia com tudo para marcar história, a exemplo de sua antecessora Gallardo. O nome, que significa "furacão" em espanhol foi uma surpresa, já que rumores indicavam que a nova criação da marca italiana se chamaria Cabrera.

Impulsionada por um motor 5.2 V10, ela despeja 610 cv a 8.250 rpm, com torque máximo de 57,1 mkgf a 6.500 rpm. Com 1.422 quilos, ele leva apenas 3,2 segundos para ir de 0 a 100 km/h, precisando de 9,9 segundos para acelerar de 0 a 200 km/h. Como era esperado, o conjunto já atende às normas de emissões de poluentes Euro 6, com um consumo médio de 7.9 km/l. A transmissão é automatizada de dupla embreagem, com trocas sequenciais realizadas por borboletas atrás do volante.

Bastante ousado, o interior lembra a cabine de um caça, desde a disposição dos instrumentos no painel até o desenho dos interruptores, que simula um interruptor de aviação. No console central há uma tela de 12,3 polegadas, que exibe diversas informações do sistema de entretenimento e computador de bordo.

O aspirante a piloto poderá escolher entre três modos de condução: Strada, Sport e Corsa, sendo este último completamente voltado para o uso em pista. Para garantir a segurança dos ocupantes mesmo em alta velocidades, o Huracan vem com discos de freio de carbono-cerâmica.

A lista de preços da Huracan será revelada em março de 2014, mais precisamente durante o Salão de Genebra, quando o bólido será apresentado oficialmente ao público.

Ford Mustang 2015
Esportivo incorpora nova identidade visual da marca

A espera finalmente terminou. A Ford apresentou a nova geração do Mustang, que combina o ar nostálgico dos antigos pony-cars com a nova identidade visual da marca. Em relação ao seu antecessor, o novo Mustang traz grandes mudanças na frente. Os faróis ficaram mais filetados e estreitos, combinando com a grade trapezoidal adornada pelo famoso cavalinho.

O para-brisa está mais inclinado, deixando com visual mais esportivo juntamente com o capô vincado e os para-lamas alargados. Atrás, as lanternas divididas em três seções continuam com as luzes de seta sequenciais - elas se acendem uma a uma. O interior é bastante aconchegante, com três saídas de ar-condicionado centrais e materiais mais agradáveis ao toque. A lista de gadgets inclui o sistema multimídia SYNC MyFordTouch (com GPS e Bluetooth), sistema de som de alta qualidade Shaker Pro, partida do motor e destravamento das portas sem chave, entre outros.

A mudança mais significativa, no entanto, está longe dos olhos. A suspensão traseira independente foi concebida para atuar em condições extremas. Com braços de alumínio, ela melhora a estabilidade e contribui na redução do peso total. Controles de estabilidade e de largada também fazem parte dos itens de série do carro.

O Mustang 2015 será vendido com três opções de motorização: 3.7 V6, com 300 cv, 2.3 EcoBoost de 305 cv e 5.0 V8 com potência superior a 420 cv. Todas as opções podem ser combinadas com transmissões manual ou automática.

Mini Cooper 2014
Maior e mais esportivo, ele preserva a carismática identidade retrô

Atualizar um modelo icônico como o MINI Cooper é um desafio bastante complexo. Deixá-lo com cara de novo sem desvirtuar as características do clássico Morris Mini era o grande desafio dos designers da marca. Mas felizmente eles conseguiram.

A terceira geração do Cooper foi revelada dias antes de sua dupla estreia mundial, nos Salões de Los Angeles e Tóquio. Visivelmente mais parrudo, o hatch tem 3,82 metros de comprimento, 1,72 metro de largura e 1,41 metro de altura, sendo 9,8 centímetros mais longo, 4,4 centímetros mais largo e 7 milímetros mais alto que seu antecessor. Sua distância entre-eixos é de 2,49 metros, sendo 4,2 centímetros mais longo. O crescimento se traduz em mais espaço para ocupantes e bagagem.

O estilo retrô foi conservado, ou melhor, atualizado. Os faróis redondos ficaram maiores e trazem iluminação de LEDs, acompanhados por uma grade frontal mais larga e esguia. A frente ficou mais pronunciada, com para-brisa nitidamente mais inclinado. Na traseira, as lanternas preservaram o formato, mas ficaram maiores. Já o interior conservou o chamativo mostrador circular central, embora ele mostre apenas o sistema multimídia. O velocímetro está no lugar "tradicional", ou seja, atrás do volante. No geral, o novo MINI parece uma atualização em vez de uma nova geração.

Serão oferecidas três opções de motorização: duas de 1,5 litro, movidas a gasolina e a diesel, e uma 2.0 a gasolina, esta reservada ao Cooper S. Todas contam com auxílio do turbocompressor e trazem sistema start-stop. Segundo a MINI, além de mais potentes, os motores reduziram as emissões de poluentes em até 27%.

O motor 1.5 a gasolina entrega 134 cv e torque máximo de 22,3 mkgf, emitindo 105 gramas de CO2 por quilômetro rodado. O Cooper D tem 114 cv e 27,5 mkgf de torque máximo, enquanto o Cooper S rende 189 cv e oferece torque máximo de 28,4 mkgf. Novas motorizações serão lançadas futuramente, tanto nas versões mais baratas (como a One) quanto nas mais esportivas, inclusive aquelas preparadas pela John Cooper Works. O carro será vendido com três opções de transmissão nos modelos com tração dianteira: a caixa manual de seis marchas equipa todas as versões, sendo que o câmbio automático de seis velocidades é opcional. Esta transmissão automática, aliás, também tem uma calibragem mais esportiva, com trocas de marcha mais rápidas, borboletas atrás do volante e controle de RPM nas reduções.

O uso abundante de alumínio e metais de alta resistência na suspensão reduziram o peso (1.085 quilos na versão Cooper) e melhoraram a rigidez do veículo. A extensa lista de equipamentos inclui, pela primeira vez, o Controle Variável dos Amortecedores, permitindo escolher entre um ajuste mais confortável e outro que valoriza a esportividade. O novo Cooper utiliza uma nova plataforma de tração chamada UKL1, que será aproveitada em toda a gama MINI e nos modelos com tração dianteira da BMW, incluindo uma inédita variação minivan do Série 2, que será lançada na Europa em março, logo após o Salão de Genebra.



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