O prefeito de São Jerônimo da Serra (Norte Pioneiro), Adir dos Santos Leite (PSDB), pediu afastamento do cargo por 30 dias. No ofício, encaminhado à Câmara de Vereadores na segunda-feira, solicitando autorização legislativa para a licença, o tucano admite que tomou a decisão em virtude das investigações conduzidas pelo Ministério Público (MP) do Paraná sobre supostos desvios de dinheiro público na administração. Na semana passada, o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), braço do MP, cumpriu 55 mandados de busca e apreensão em São Jerônimo da Serra e em mais sete cidades, além de 18 mandados de prisão. Dois filhos do prefeito e três vereadores da base de apoio a Adir seguem presos em Londrina.
De acordo com o ofício, o afastamento "é importante para que todos os fatos sejam devidamente esclarecidos e sem que isso traga qualquer prejuízo à administração". No mesmo dia em que pediu licença, Adir também suspendeu todos os procedimentos licitatórios da prefeitura. O decreto municipal afirma que a suspensão tem prazo indeterminado e "será automaticamente revogada assim que o Ministério Público devolver os processos licitatórios que foram apreendidos na sua forma original".
O advogado de Adir, Maurício Carneiro, informou que o afastamento pode ser renovado ao final dos 30 dias. "Se até lá as investigações não estiverem concluídas o prefeito deverá renovar a licença."
Ontem, na sede do MP em Londrina, compareceram o ex-pregoeiro do município Josias Martins, o tesoureiro Amarildo Lopes e o vereador Isaque Martins (PPS) para depoimento. À exceção de Josias, os demais ficaram em silêncio. Na segunda-feira, os dois filhos de Adir, Adcarlos e Alisson dos Santos Leite, também não falaram na oitiva. "Eles estão dispostos a colaborar. Apenas não falaram por uma questão de tempo e horário, já era tarde da noite quando foram chamados", disse Carneiro.
Edson Ferreira
Reportagem Local-folha de londrina
Reportagem Local-folha de londrina
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