19 de jul. de 2012

TIM, CLARO E OI ESTÃO PROIBIDAS DE VENDER NOVOS NÚMEROS.

Segundo dados da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), 70% é a fatia de mercado que as operadoras que estão proibidas de vender possuem hoje. A proibição é por tempo indeterminado. Hoje a líder de mercado é a Vivo que possui pouco mais de 29% das linhas de telefonia móvel. Já a TIM vem em seguida com pouco mais de 26%, Claro, pouco mais de 24% e a Oi, na lanterna com quase 19% do mercado de telefonia móvel. A medida tomada pela Anatel vale a partir de segunda-feira, (23).

A liberação da venda está condicionada à apresentação de um plano de investimentos em até 30 dias para a Anatel, que deve tratar principalmente da qualidade da rede, completamento de chamada e diminuição de interrupção de serviços.

“Embora seja medida extrema, é importante para fazer uma arrumação do setor. Queremos que empresas deem atenção especial à qualidade da rede”, disse o presidente da Anatel, João Rezende. Ele também argumentou que o aumento do número de clientes deve ser acompanhada do aumento da qualidade dos serviços. As empresas que não cumprirem a decisão de suspensão das vendas deverão pagar multa de R$ 200 mil por dia.

Cada estado terá apenas uma operadora suspensa. Para a Claro, haverá suspensão em Santa Catarina, Sergipe e São Paulo. Para a operadora Oi, a proibição vai ser nos estados do Amazonas, Amapá, de Mato Grosso do Sul, Roraima e do Rio Grande do Sul. Na TIM, não poderão ser feitas novas vendas no Acre, em Alagoas, na Bahia, no Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, em Goiás, no Maranhão, em Minas Gerais, Mato Grosso, no Pará, na Paraíba, em Pernambuco, do Piauí, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, em Rondônia e no Tocantins.

As operadoras Vivo, Sercomtel e CTBC também deverão apresentar plano nacional, mas sem a suspensão dos serviços. Caso contrário, poderão sofrer uma ação da Anatel que, em último estágio, acarretará a suspensão dos serviços.

As empresas poderão recorrer ao Conselho Diretor da Anatel para pedir a suspensão da decisão. A Anatel deve receber as empresas a partir de hoje (19) para tratar da questão.

Outras operadoras também terão que investir

Além das empresas que tiveram as vendas suspensas, as operadoras Vivo, Sercomtel e CTBC não vão parar de vender suas linhas, mas vão ter que como as que tiveram vendas interrompidas, apresentar um plano de investimentos em 30 dias, senão também poderão ser suspensas as vendas de chips dessas operadoras.

Abaixo está a lista divulgada pela Anatel com o nome das operados e os estados em que não poderão comercializar os chips.

Tim: Acre, Alagoas, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Mato Grosso, Pará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rondônia e Tocantins.

Claro: Santa Catarina, Sergipe e São Paulo.

Oi: Amazonas, Amapá, Mato Grosso do Sul, Roraima e Rio Grande do Sul.



Governo pode criar lei de emergência para compartilhamento de infraestrutura entre empresas de telefonia celular

O ministro interino das Comunicações, Cezar Alvarez, disse nesta quarta-feira (18) que o governo federal está disposto a preparar uma legislação de emergência para o compartilhamento de torres e de infraestrutura entre operadoras de celular e acelerar a criação de uma lei geral para a instalação de antenas no país. “A nossa contribuição será total, o que podemos fazer estamos fazendo, mas as empresas têm que fazer a sua parte. Hoje, a bola está com elas”, disse à Agência Brasil.

Para Alvarez, a medida anunciada pela Anatel de suspender a venda de novas linhas de celular e internet das operadoras TIM, Claro e Oi é extrema mas necessária. O governo espera que, antes mesmo do prazo de 30 dias estipulado pela Anatel, as empresas apresentem ações para melhorar os serviços. “Pelo que eu observei hoje, nas redes sociais, os consumidores estão apreensivos, mas estão exultantes, porque sabem que, para o serviço voltar, vai ter que voltar melhor”.

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