24 de jul. de 2012
Ataques a bancos crescem 112,5% no PR
O número de ataques a caixas eletrônicos e assaltos em bancos não para de crescer e assusta clientes, vigilantes e trabalhadores do ramo financeiro em todo o País. No Paraná, o panorama não é diferente.
De acordo com dados divulgados ontem pelo Sindicato dos Vigilantes de Curitiba e Região (Sindvigilantes-PR), somente no 1º semestre a quantidade de ocorrências envolvendo uso de explosivos e maçaricos em caixas eletrônicos, assaltos e "saidinhas" de bancos (quando a vítima saca dinheiro e é assaltada quando sai da agência), cresceu 112,5% no Paraná.
No mesmo período do ano passado, o sindicato, baseado em notícias veiculadas na imprensa, contabilizou 56 registros de ataques a terminais de autoatendimento e agências em todo o Estado, sendo 32 explosões e arrombamentos e 24 assaltos. Em 2012, as ocorrências chegam a 119, sendo 59 explosões, 41 arrombamentos, 16 assaltos e três "saidinhas" de banco.
Os dados do restante do País serão tabulados até a primeira quinzena de agosto, informaram a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e a Confederação Nacional dos Vigilantes (CNTV).
Ontem, durante a abertura da 14 Conferência Nacional dos Bancários, que vai até domingo em Curitiba, as entidades anunciaram o levantamento de mortes envolvendo assaltos em bancos. No total, no 1º semestre, foram contabilizadas 27 vítimas fatais, um aumento de 17,4% sobre o mesmo período do ano passado, quando ocorreram 23 mortes. A principal ocorrência foi a "saidinha" de banco, que provocou 14 óbitos. Entre as vítimas estão clientes (15), seguido de vigilantes (5), transeuntes (3), policiais (3) e bancários (1). São Paulo (6), Rio de Janeiro (4) e Bahia (4) foram os Estados com o maior número de casos. Não houve registro de vítimas fatais no Paraná.
"Não sabemos como, porque o número de ataques é grande, mas felizmente não registramos mortes nestas ocorrências. O problema existe, as autoridades sabem, os bancos também, mas nada de concreto ainda foi realizado na tentativa de evitar o crescimento das estatísticas", destacou João Soares, presidente do Sindvigilantes-PR. Ele ainda aponta que não existe no Estado uma legislação que prevê regras para definir os pontos onde podem ocorrer a instalação de terminais. "É um absurdo porque não se tem controle de onde pode ou não ser colocado um caixa eletrônico. Vemos terminais em postos de combustíveis, estacionamentos. E a segurança disso?", completou Soares.
Somente nas duas primeiras semanas de julho, foram registrados seis ataques a caixas eletrônicos no Estado, sendo 2 em Curitiba (num supermercado e em um posto de combustível), e 1 em Londrina (empresa), Cambé, Almirante Tamandaré e São José dos Pinhais (agências bancárias). Estes seis registros não fazem parte do levantamento divulgado ontem pelo Sindvigilantes-PR.
Rubens Chueire Jr.
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