O líder do governo na Assembleia Legislativa, Luiz Cláudio Romanelli, foi hostilizado por manifestantes após a reunião
Curitiba – Após três horas de reunião, as negociações entre o Governo do Paraná e os professores da rede pública estadual avançaram ontem. Porém, a greve da categoria, que já dura 11 dias, permanece. O chefe da Casa Civil, Eduardo Sciarra (PSD), se comprometeu a "fatiar" o chamado pacotaço fiscal antes do reenvio à Assembleia Legislativa (AL) e a descartar qualquer item que comprometa direitos trabalhistas. Hoje, uma nova rodada de conversas acontece no Palácio Iguaçu, a partir das 10 horas, para debater os pontos administrativos da pauta de reivindicações, como superlotação de turmas nas escolas e convocação de 9 mil educadores aprovados em concurso público.
"Não houve recuo. Houve, sim, um avanço no sentido de discutirmos com os professores e servidores públicos temas que são importantes para o futuro do Paraná, sem deixar de considerar que nós vivemos um momento grave, um momento sério, de crise econômica em todo o País", avaliou Sciarra. Além dele, participaram do encontro o líder do governo na AL, Luiz Cláudio Romanelli (PMDB), e os secretários de Estado da Educação, Fernando Xavier, e da Administração, Dinorah Portugal Nogara. O governador Beto Richa (PSDB) não apareceu, segundo o chefe da Casa Civil, por se tratar de uma "reunião de trabalho".
Já da parte do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Paraná (APP Sindicato) estavam o presidente da entidade, Hermes Leão, e outras oito lideranças, a maioria professores ou funcionários de escolas. "A reunião de hoje (ontem) foi insuficiente para a gente avançar em todo o conjunto da pauta", contou Leão. De acordo com ele, após a segunda rodada de negociações, a categoria irá se reunir no Conselho Estadual do sindicato, marcado para o próximo sábado, às 9 horas, na sede da APP, em Curitiba. Em seguida, caso haja consenso, os docentes devem marcar uma assembleia e, aí sim, aprovar o fim da paralisação.
Também ficou acordado ontem que as mudanças no regime de previdência, um dos pontos do pacotaço, só acontecerão depois de um "amplo debate" com o Fórum das Entidades Sindicais (FES), do qual a APP faz parte. Não há um prazo para que isso ocorra. Estima-se que a gestão tucana possa utilizar, com a junção dos dois fundos, a poupança de R$ 8 bilhões acumulada nos últimos 15 anos. O Executivo reitera, entretanto, que esse valor só será destinado a pagar aposentados.
Na segunda-feira, o governo deve encaminhar as primeiras mensagens à AL, relativas a temas de natureza interna da gestão, como combate à sonegação, caso da Nota Fiscal Paranaense. "E, ao longo da semana, faremos a análise sobre de que forma levaremos o restante dos itens", completou Sciarra. Outras modificações já tinham sido acordadas antes mesmo da histórica ocupação do pátio da AL, na quinta-feira da semana passada. Entre elas estão a manutenção do quinquênio, do anuênio e das regras atuais para progressões e promoções na carreira. Como anunciado por Romanelli, não haverá mais o uso da comissão geral, o popular tratoraço, para antecipar o trâmite das matérias na Casa.
Quanto ao pagamento de atrasados, os secretários só reafirmaram o que haviam passado aos servidores no início da paralisação. "As indenizações (dos 29 mil professores temporários, os PSS) nós vamos quitar no próximo dia 24, terça-feira. Serão R$ 82 milhões, pagos integralmente. E parte do 1/3 de férias será paga na semana que vem. O restante será dividido em duas vezes: em março e abril", lembrou Sciarra. "Para nós, é claro que é insuficiente esse debate. Nós tínhamos insistido para que fosse pago imediatamente. E reafirmamos a necessidade de que os pagamentos sejam feitos em dia", afirmou Leão.
"Não houve recuo. Houve, sim, um avanço no sentido de discutirmos com os professores e servidores públicos temas que são importantes para o futuro do Paraná, sem deixar de considerar que nós vivemos um momento grave, um momento sério, de crise econômica em todo o País", avaliou Sciarra. Além dele, participaram do encontro o líder do governo na AL, Luiz Cláudio Romanelli (PMDB), e os secretários de Estado da Educação, Fernando Xavier, e da Administração, Dinorah Portugal Nogara. O governador Beto Richa (PSDB) não apareceu, segundo o chefe da Casa Civil, por se tratar de uma "reunião de trabalho".
Já da parte do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Paraná (APP Sindicato) estavam o presidente da entidade, Hermes Leão, e outras oito lideranças, a maioria professores ou funcionários de escolas. "A reunião de hoje (ontem) foi insuficiente para a gente avançar em todo o conjunto da pauta", contou Leão. De acordo com ele, após a segunda rodada de negociações, a categoria irá se reunir no Conselho Estadual do sindicato, marcado para o próximo sábado, às 9 horas, na sede da APP, em Curitiba. Em seguida, caso haja consenso, os docentes devem marcar uma assembleia e, aí sim, aprovar o fim da paralisação.
Propostas
Também ficou acordado ontem que as mudanças no regime de previdência, um dos pontos do pacotaço, só acontecerão depois de um "amplo debate" com o Fórum das Entidades Sindicais (FES), do qual a APP faz parte. Não há um prazo para que isso ocorra. Estima-se que a gestão tucana possa utilizar, com a junção dos dois fundos, a poupança de R$ 8 bilhões acumulada nos últimos 15 anos. O Executivo reitera, entretanto, que esse valor só será destinado a pagar aposentados.
Na segunda-feira, o governo deve encaminhar as primeiras mensagens à AL, relativas a temas de natureza interna da gestão, como combate à sonegação, caso da Nota Fiscal Paranaense. "E, ao longo da semana, faremos a análise sobre de que forma levaremos o restante dos itens", completou Sciarra. Outras modificações já tinham sido acordadas antes mesmo da histórica ocupação do pátio da AL, na quinta-feira da semana passada. Entre elas estão a manutenção do quinquênio, do anuênio e das regras atuais para progressões e promoções na carreira. Como anunciado por Romanelli, não haverá mais o uso da comissão geral, o popular tratoraço, para antecipar o trâmite das matérias na Casa.
Quanto ao pagamento de atrasados, os secretários só reafirmaram o que haviam passado aos servidores no início da paralisação. "As indenizações (dos 29 mil professores temporários, os PSS) nós vamos quitar no próximo dia 24, terça-feira. Serão R$ 82 milhões, pagos integralmente. E parte do 1/3 de férias será paga na semana que vem. O restante será dividido em duas vezes: em março e abril", lembrou Sciarra. "Para nós, é claro que é insuficiente esse debate. Nós tínhamos insistido para que fosse pago imediatamente. E reafirmamos a necessidade de que os pagamentos sejam feitos em dia", afirmou Leão.
Mariana Franco Ramos
Reportagem Local-FOLHA DE LONDRINA
Reportagem Local-FOLHA DE LONDRINA
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