No comunicado à imprensa, o porta-voz do templo satânico, Lucien Greaves, revelou que o grupo é contra qualquer formação religiosa no ambiente escolar. "Acreditamos que nossos valores constitucionais sejam melhores servidos ao respeitarmos uma forte separação entre Igreja e Estado. Porém, se um conselho de escolas públicas vai permitir que panfletos religiosos e Bíblias inteiras sejam distribuídas aos alunos, então achamos que a coisa mais responsável a fazer é garantir que esses alunos tenham acesso a uma variedade de opiniões religiosas diferentes, ao contrários de observar passivamente que uma crença domine o discurso e entregue propaganda à juventude", explicou ele.
A cartilha desenvolvida pelo grupo, batizada de "Grande livro satânico de atividades para crianças" já tem um versão digital e traz atividades e brincadeiras conhecidas, como caça-palavras, o jogo das diferenças, ligue os pontos, desenhos para colorir e labirintos em papel. Entretanto, as brincadeiras apresentam imagens infantilizadas de Baphomet, o bode que representa o demônio, do cão Cérbero, guardião da entrada do inferno, e do pentagrama, a estrela de cinco pontas do paganismo.
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Voz às religiões marginalizadas
Desde sua criação, o Templo Satânico tenta chamar a atenção para aspectos da vida pública que têm o envolvimento de diferentes grupos religiosos. Isto é, em Oklahoma, por exemplo, o grupo tenta construir uma estátua satanista com o objetivo de afrontar um monumento dedicado aos Dez Mandamentos do Cristianismo.
"Nós preferimos que as políticas públicas respeitem o secularismo, mas acreditamos que oportunidades como essa, de estabelecer uma voz igual para constatar com opiniões religiosas na esfera pública, tendem a favorecer religiões alternativas, marginalizadas e menos convencidas", disse Greaves.
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