Perfume de mulher
Amélia
Rosana da Costa
Essa semana vou reencontrar a minha
turma da faculdade, precisamos resolver uns assuntos pendentes e, é claro,
matar as saudades. É uma turma pequena e por isso nos tornamos bastante amigas.
No nosso último encontro, fizemos um amigo chocolate e foi muito divertido.
Eui fui pega pela Fernanda e ganhei de
presente um estojo maravilhoso de uma conhecida marca de perfumes. Meu estojo é
composto por dois deliciosos sabonetes e um creme hidratante. A primeira vez
que fui usar passei o sabonete esfoliante no braço pensando que fosse o hidratante.
Agora já estou mais familiarizada com o estojo.
Adorei o cheiro, principalmente, tem um perfume!
Acabo de lembrar de uma história de
amor que tem como pano de fundo esse mesmo perfume, não sei se deveria tocar
nesse assunto, mas se veio à lembrança, vou explorá-lo.
A mulher já desconfiada espera o
marido chegar como todos os dias, mas à porta de entrada, percebe um cheiro
diferente no pescoço do infeliz. Vai até o carro, o cheiro aumenta, então ela
tem certeza. Ele está saindo com outra. Ela espera ele contar toda a história
da longa pescaria com os amigos, o peixe enorme que escapara, quem pescou mais,
ele lógico, quantas latinhas o Zé entornou, etc.
O marido vai tomar banho e é nessa
hora que ela resolve agir e aplica-lhe a maior surra. Fala tudo o que quer,
desabafa, xinga, esbraveja. E o marido, o que faz? Nada! Simplesmente deixa-se
apanhar, acuado, amedrontado, aturdido. É o amor doído. O amor que estava
escondido e se mostra. “Mas então essa mulher me ama? Ela está nervosa, brava e
me bate porque ela me ama.” E o que era para separar, juntou.
O amor é uma flor delicada, precisa de
cuidados diários, mas sobrevive às intempéries, nasce em meio aos penhascos e teima
em fazer nos corações humanos amizade. E quem irá dizer como proceder quando o
assunto envolve sentimento? “ Não existe amor errado, disse o poeta, errado é
não amar. Alguém quer saber o nome do perfume? Floratta, do Boticário.
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