Curitiba - A quantidade de mortes violentas nos três primeiros meses de 2014 no Paraná diminuiu 8,2% em relação ao mesmo período do ano passado. Conforme os dados do Relatório Estatístico Criminal, divulgado pela Secretaria Estadual de Segurança Pública (Sesp), o total de ocorrências caiu de 812 (747 homicídios, 22 lesões corporais seguidas de morte e 43 latrocínios) para 745 (705 homicídios, 20 lesões corporais seguidas de morte e 20 latrocínios) em todo o Estado. Entretanto, apesar desta redução, em média, oito pessoas foram assassinadas por dia no Paraná no primeiro trimestre deste ano.
Quinze das 23 Áreas Integradas de Segurança Pública (Aisps) apresentaram queda nas mortes violentas, mas as ocorrências das grandes cidades do Estado tiveram grande impacto nos dados. Curitiba responde pelos maiores índices, totalizando 159 homicídios, cinco lesões corporais fatais e seis latrocínios (170). O bairro mais violento da capital é a Cidade Industrial, com 22 homicídios e uma lesão corporal seguida de morte. Em seguida aparecem as cidades de São José dos Pinhais (31 homicídios e uma lesão corporal fatal); Foz do Iguaçu (31 homicídios); Londrina (27 homicídios) e Colombo (25 homicídios).
As regiões de Apucarana (18ª Aisp), Jacarezinho (23ª Aisp) e Cornélio Procópio (21ª Aisp) registraram as maiores reduções nas mortes violentas nos três primeiros meses do ano (veja info). Por outro lado, as Aisps de Telêmaco Borba (22ª), Umuarama (15ª) e Campo Mourão (14ª) tiveram as maiores altas.
O índice de mortes violentas vinha registrando uma leve tendência de queda, entretanto, a partir do terceiro trimestre do ano passado o indicador voltou a subir. Naquela época o total de mortes violentas chegou a 617, logo depois de ter totalizado 608 no segundo trimestre. Mais que isso, a soma dos assassinatos aumentou para 708 no quarto trimestre de 2013 e, agora, nos três primeiros meses do ano chegaram a 745.
"Oito mortes por dia é um número muito alto e, claramente, algo está errado. Isso aponta que as tentativas de reduzir a criminalidade apenas por meio da presença policial ostensiva em áreas críticas com altos índices de violência não está tendo o efeito esperado", afirmou o delegado da Polícia Federal e coordenador do Núcleo de Pesquisas em Segurança Pública e Privada (NPSPP) da Universidade Tuiuti do Paraná (UTP), Algacir Mikalovski.
Segundo ele, esta variação inconstante dos índices de assassinatos aponta que é necessário investir em novas medidas. "Não adianta apenas ocupar bairros violentos, onde foram instaladas Unidades Paraná Seguro (UPS), por exemplo, expulsar os traficantes, mas não se pensar na implantação de ações sociais efetivas. Além disso, é necessário que se faça uma reestruturação na polícia judiciária, dando melhores condições de trabalho. Só desta forma pode se pensar em diminuir a impunidade", ressaltou.
Quinze das 23 Áreas Integradas de Segurança Pública (Aisps) apresentaram queda nas mortes violentas, mas as ocorrências das grandes cidades do Estado tiveram grande impacto nos dados. Curitiba responde pelos maiores índices, totalizando 159 homicídios, cinco lesões corporais fatais e seis latrocínios (170). O bairro mais violento da capital é a Cidade Industrial, com 22 homicídios e uma lesão corporal seguida de morte. Em seguida aparecem as cidades de São José dos Pinhais (31 homicídios e uma lesão corporal fatal); Foz do Iguaçu (31 homicídios); Londrina (27 homicídios) e Colombo (25 homicídios).
As regiões de Apucarana (18ª Aisp), Jacarezinho (23ª Aisp) e Cornélio Procópio (21ª Aisp) registraram as maiores reduções nas mortes violentas nos três primeiros meses do ano (veja info). Por outro lado, as Aisps de Telêmaco Borba (22ª), Umuarama (15ª) e Campo Mourão (14ª) tiveram as maiores altas.
O índice de mortes violentas vinha registrando uma leve tendência de queda, entretanto, a partir do terceiro trimestre do ano passado o indicador voltou a subir. Naquela época o total de mortes violentas chegou a 617, logo depois de ter totalizado 608 no segundo trimestre. Mais que isso, a soma dos assassinatos aumentou para 708 no quarto trimestre de 2013 e, agora, nos três primeiros meses do ano chegaram a 745.
"Oito mortes por dia é um número muito alto e, claramente, algo está errado. Isso aponta que as tentativas de reduzir a criminalidade apenas por meio da presença policial ostensiva em áreas críticas com altos índices de violência não está tendo o efeito esperado", afirmou o delegado da Polícia Federal e coordenador do Núcleo de Pesquisas em Segurança Pública e Privada (NPSPP) da Universidade Tuiuti do Paraná (UTP), Algacir Mikalovski.
Segundo ele, esta variação inconstante dos índices de assassinatos aponta que é necessário investir em novas medidas. "Não adianta apenas ocupar bairros violentos, onde foram instaladas Unidades Paraná Seguro (UPS), por exemplo, expulsar os traficantes, mas não se pensar na implantação de ações sociais efetivas. Além disso, é necessário que se faça uma reestruturação na polícia judiciária, dando melhores condições de trabalho. Só desta forma pode se pensar em diminuir a impunidade", ressaltou.
O sociólogo Pedro Bodê, coordenador do Grupo de Estudos da Violência da Universidade Federal do Paraná (UFPR), aponta que a criação da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) em Curitiba é um primeiro passo na tentativa de reduzir os índices de criminalidade. Mas ele ressalta que é importante se discutir a modernização das polícias. "Não há como pensar em alcançar grandes resultados na segurança pública se continuarmos com a estrutura atual nas polícias (Civil e Militar), além do sistema penitenciário", disse.
Em nota, a assessoria da Sesp informou que os dados "demonstram que o Paraná tem conseguido manter a tendência de queda".
Rubens Chueire Jr.
Reportagem Local-folha de londrina
Reportagem Local-folha de londrina