16 de jul. de 2014

Norte Pioneiro sofre com a falta de empregos e êxodo rural


A falta de empregos nos municípios do Norte Pioneiro está obrigando parte da população economicamente ativa a buscar trabalho em outros municípios, distantes quase 200 quilômetros de suas casas. Na região, apenas 39% das pessoas aptas ao trabalho têm emprego formal. O restante vive na informalidade ou em situações características de subemprego.
Em Ribeirão do Pinhal e Nova Fátima, grupos de trabalhadores enfrentam semanalmente até 160 quilômetros para chegar a Rolândia, para uma jornada em um frigorífico de frangos, que começa às 16 horas e vai até as 2 da madrugada. O tempo gasto no percurso de ida e volta é de quase seis horas. A partida ocorre por volta do meio-dia, com retorno às 4h30.
Esta rotina é compartilhada por quase 50 trabalhadores, muito que vieram do campo, que embarcam todos os dias para o mesmo destino.
Ribeirão do Pinhal tem 13.740 habitantes, segundo estimativas do IBGE para 2013. A população economicamente ativa do município é de 6.714 pessoas, das quais apenas 1.528 têm empregos formais, o que corresponde a 23% da população.
O baixo nível de emprego reflete também na renda per capita da população local, que era de R$ 8.682,00 em 2011, o que dá uma média mensal de R$ 720,00, segundo dados do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes).
A maioria dos municípios do Norte Pioneiro tem uma situação idêntica a de Ribeirão do Pinhal, com menos da metade da população economicamente ativa trabalhando em empregos formais.
Nos municípios de Cornélio Procópio, Jacarezinho, Jaguariaíva, Joaquim Távora, Sengés e Siqueira Campos o número de empregos formais está um pouco acima de 50%. O índice chega a 84,9% em Nova América da Colina, onde apenas uma usina emprega boa parte da população.
Só para se ter uma idéia do contraste, em Curitiba o índice de empregos formais chega a quase 100% da população economicamente ativa.  (Redação Eli Araújo para a FOLHA DE LONDRINA)

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