7 de abr. de 2013

Preço do tomate subiu 150% nos últimos 12 meses


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"Um quilo de tomate a quase R$ 10 é um absurdo", critica a doméstica Selma Santos Gonçalves, que trabalha em uma casa no bairro do Humaitá, zona sul do Rio. Ela disse que para quem cozinha e quer botar na mesa uma salada todo dia fica muito caro. "Eu vejo quanto a minha patroa gasta para comprar. Estou vendo que também a alface está com o preço salgadinho", comentou. Segundo Selma, o jeito é mudar o cardápio. "Muda sim. Tem que mudar por causa o preço. Se não dá para uma coisa, a gente tem que trocar e colocar outra que está mais em conta", aconselhou. 

Para o economista do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da Fundação Getulio Vargas (FGV), André Braz, o preço do tomate, que sofreu aumento de 150% nos últimos 12 meses deve começar a cair em abril. "O pico de preço foi em janeiro. A perspectiva é de queda do preço do produto nos próximos meses." Braz disse que por causa de outros fatores, como o aumento do custo da mão de obra e do diesel, o consumidor ainda vai encontrar o produto com preços elevados, mas perceberá uma queda em relação aos registrados entre janeiro e março. "A alta em janeiro, fevereiro e março é natural por que tem o período de entressafra de vários protudos, mas a do tomate é marcante." 

O economista destacou que em 2010 e 2011 o produtor não teve um bom retorno com o tomate e o reflexo foi a redução da área plantada, que contribuiu para a elevação do preço no início de 2013. "A redução da área plantada foi notada especialmente em 2012, que teve a área inferior a de 2011", completou. 

Na avaliação de André Braz, este foi um fenômero nacional. "Praticamente todas as cidades sofreram com a falta do produto. No Nordeste a alta ficou em 30%, na mesma dimensão de 2011", explicou.
Informe Policial

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