14 de jan. de 2013

Mortes no trânsito aumentam mais no Norte do Paraná


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A violência no trânsito é uma preocupação nacional, tanto que às vésperas do último Natal o Governo Federal incluiu normas mais rígidas na Lei Seca, com o objetivo de reduzir o número de ocorrências.

No Paraná, informações do Sistema Digital de Dados Operacionais do Corpo de Bombeiros mostram uma situação alarmante: em 2012, os registros de mortes em ocorrências atendidas pela corporação, em ruas, avenidas e estradas de todo o Estado, foi 13,03% maior do que em 2011. Um recorte regional dessa estatística deixa claro que o Norte paranaense vive uma situação ainda mais delicada, já que na região o número de óbitos aumentou acima do índice geral do Estado, variando 20,24%.

Além do crescimento superior ao índice geral do Paraná, a violência no trânsito é proporcionalmente maior no Norte do que no restante do Estado. Os números do último Censo Demográfico mostraram que no ano de 2010 34,43% da população paranaense residia na Região Norte do Paraná. Entretanto, em 2011 o número de mortes em acidentes de trânsito na região representou 38,01% do total de óbitos nessas circunstâncias registrados pelo Corpo de Bombeiros do Paraná, e em 2012, as vítimas fatais no Norte representaram 40,43% do Estado.

O Corpo de Bombeiros do Paraná possui nove grupamentos e seis subgrupamentos independentes, além de um Grupo de Operações de Socorro Tático (Gost), sediado em Curitiba. Dessas 16 unidades, cinco abrangem as quatro mesorregiões geográficas (Noroeste, Centro-Ocidental, Norte Central e Norte Pioneiro) que formam a Região Norte do Estado: o 3º e o 5º grupamentos, sediados respectivamente em Londrina e Maringá, e o 1º, 4º e 6º subgrupamentos, com comandos localizados em Ivaiporã, Apucarana e Umuarama.

Na área de abrangência dessas cinco unidades, as ocorrências de trânsito atendidas pelos bombeiros somaram 505 mortes em 2012. No ano anterior, haviam sido 420 óbitos. No Paraná inteiro, o Corpo de Bombeiros registrou 1.105 mortes em acidentes em 2011 e 1.249 em 2012. Os tipos de ocorrência que mais provocaram mortes no ano passado foram colisão entre caminhão e carro, colisão entre carros e atropelamento.

É necessário ressaltar que esses dados dizem respeito somente a ocorrências atendidas pelos bombeiros, e que o número total de vítimas fatais do trânsito paranaense é ainda maior. Em 2011, enquanto o Corpo de Bombeiros registrou 1.105 mortes no trânsito, a Polícia Civil do Paraná contabilizou 2.336. O relatório com os números totais de 2012 deve ser divulgado pela Polícia Civil no final de janeiro.

O major Maurício Aliski, relações públicas do comando do Corpo de Bombeiros, afirmou que o crescimento do número geral de mortes no trânsito no Paraná é resultado do "grande aumento do número de veículos e da imprudência", e que a corporação tem investido em ações de fiscalização e prevenção em parceria com as unidades de polícia de trânsito e o Departamento de Trânsito do Paraná (Detran-PR). Entretanto, ele não apontou explicações para o crescimento maior de óbitos no Norte do Estado, assim como Isabel Rocha, coordenadora de educação para o trânsito do Detran-PR.

"O comportamento do motorista é igual em todo lugar. O Norte é um caminho (entre Estados). Seria necessário ver se (essas ocorrências) envolveram mais acidentes de caminhão, ou se o crescimento foi em geral, para analisar os motivos", disse Isabel. Ela explicou que o Detran-PR desenvolve ações de orientação e educação em todas as regiões do Paraná, em parceria com prefeituras e as regionais do departamento.
Fábio Galão

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