Toda mulher que engravida já sabe: não pode ingerir bebida alcoólica. A cautela da maioria dos médicos é baseada na falta de informações precisas sobre "os níveis seguros de consumo de álcool durante a gravidez que não afetem o bebê", de acordo com o Ministério da Saúde, que recomenda a distância de qualquer bebida alcoólica durante a gestação.
Para comprovar que a ingestão de bebidas causa sérios distúrbios neurológicos e danos ao tecido cerebral do bebê, pesquisadores da Universidade Jagiellonian, na Polônia, apresentaram um estudo que analisou imagens do cérebro de criança por meio de modelos avançados de ressonância magnética. A pesquisa foi apresentada durante o encontro anual da Sociedade de Radiologia da América do Norte (RSNA), que aconteceu em Chicago, Estados Unidos, e foi feita usando diferentes técnicas de análise de imagens no cérebro de recém-nascidos que tiveram, e não, acesso ao álcool dentro da placenta da mãe. O grupo analisou 200 crianças que foram expostas à substância durante a fase fetal e 30 bebês cujas mães não beberam durante a gestação e o aleitamento. Com base em diferentes imagens, os médicos concluíram que as crianças que tiveram contato com o álcool apresentavam redução do corpo caloso, que é considerado o feixe de fibras nervosas que forma a principal comunicação entre as metades direita e esquerda do cérebro. Álcool altera áreas do sistema nervoso central "A exposição ao álcool no período pré-natal é a principal causa de desenvolvimento prejudicado, ou completa ausência do corpo caloso em alguns bebês. Essas mudanças estão fortemente associadas a problemas psicológicos em crianças", afirma o pesquisador responsável pelo estudo Andrzej Urbanik. Além da dependência química do bebê e a propensão à Síndrome Fetal pelo Álcool, os médicos afirmam que o contato com o álcool altera significativamente áreas do sistema nervoso central das crianças. "Em casos individuais, encontramos um alto grau de alterações metabólicas", afirma o cientista. Recentemente, o Centro para Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos divulgou pesquisa afirmando que há uma incidência de Síndrome Alcoólica Fetal em 0,2 a 1,5 a cada mil bebês nascidos. Na América do Norte, os gastos com cuidados de crianças e indivíduos afetados pela doença são estimados em US$ 4 bilhões anuais. |
5 de jan. de 2013
Exposição ao álcool na gravidez afeta estrutura cerebral do bebê
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