Coligações fracas, candidatos inexpressivos, perda de deputados e votações baixas. Este é a situação que o PT amarga nos três estados da região Sul. Com a derrota dos petistas no primeiro turno no Paraná e em Santa Catarina e a também possível derrota de Tarso Genro no Rio Grande do Sul, o pífio desempenho do PT na região deverá ser coroado com uma votação expressiva do candidato a presidente Aécio Neves (PSDB).
Segundo pesquisa Datafolha para o governo do RS, o candidato da oposição, José Ivo Sartori, do PMDB, aparece 17 pontos à frente de Tarso Genro (PT), com 52% a 35%. Sartori deve repetir vitória peemedebista sobre o mesmo Tarso Genro pela segunda vez (a primeira foi em 2002, com Germano Rigotto).
Já em Santa Catarina, estado da ministra Ideli Salvati, o candidato petista Claudio Vignatti obteve 534.196 votos, ou 15.56% dos votos válidos totais, ficando em terceiro lugar. O vencedor foi o governador Raimundo Colombo, do PSD, que aglutinou todos os partidos da base do governo federal para sua coligação, deixando o PT isolado.
O desempenho mais vergonhoso, porém, foi o da poderosa ex-ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, que amargou um distante terceiro lugar no Paraná, com 14.87% dos votos, ficando atrás de Roberto Requião (PMDB) e de Beto Richa (PSDB), governador reeleito no primeiro turno.
O PT também viu sua representatividade no legislativo dos três estados cair vertiginosamente. No Paraná, sairá dos atuais sete deputados para três, em Santa Catarina, de sete para cinco e, no Rio Grande do Sul, a queda mais vertiginosa: de 14 para 8.
A região poderá ser um dos trunfos de Aécio Neves (PSDB) no segundo turno das eleições presidenciais. Segundo pesquisas do Ibope e Datafolha, divulgadas ontem, o tucano conta com 60% das intenções e voto no Sul, contra 40% de Dilma.
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